O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assimilou o discurso de sua ministra de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, segundo a qual os incêndios florestais registrados atualmente em todo o país são uma conjunção de alterações no clima e ações criminosas, de terroristas interessados em desestabilizar o Governo. Foi o que disse nesta tarde de terça-feira (17) o presidente ao galar em reunião que conta com a presença dos chefes dos três Poderes.
Lula afirmou haver ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Roberto Barroso, e ao presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), “indícios fortes” de ações criminosas nos incêndios florestais que assolam o país. “Há muita suspeitas de que os incêndios são criminosos”, disse ainda.
“Nós tivemos, nos últimos dias, um agravamento da situação no Brasil. A gente ainda não pode falar que são criminosas a quantidade de incêncios que estão acontecendo no Brasil, mas há indícios fortes”, disse o presidente.
Lula ainda disse também que o país não estava 100% preparado para cuidar dessas questões relacionadas ao clima. “Até 90% das cidades estão despreparadas para cuidar disso, os estados são poucos que têm preparação”, indicou.
O presidente ainda citou uma possível motivação política no aumento dos registros de incêndio no país e disse que parece haver uma “anormalidade”. “É importante não deixar de dizer para vocês que uma pessoa muito importante na convocação no ato de setembro na paulista utilizou a frase ‘vamos botar fogo no Brasil’ ou ‘o Brasil vai pegar fogo’”, disse.
“A seca é a maior dos últimos os tempos, o calor é o maior dos últimos tempos e está no mundo inteiro… mas algo me cheira a oportunismo de alguns setores tentando criar confusão nesse país”, afirmou.