Maior acidente aéreo da história do Acre completa 53 anos neste sábado; relembre e veja fotos

A tragédia ocorreu três dias após o aniversário de Sena Madureira

A cidade de Sena Madureira registrou no dia 28 de setembro de 1971 a maior tragédia de sua história. Naquela fatídica data, um avião caiu, deixando 33 mortos.

No avião, estava o bispo Dom Giocondo/Foto: Reprodução

Poucos minutos após a decolagem, o avião DC3, da empresa Cruzeiro do Sul, apresentou problemas no motor, bateu em uma árvore (manitê) e caiu na região da comunidade Boca do Caeté, que fica a poucos minutos do centro de Sena Madureira. Com a queda, o avião explodiu e todos os seus ocupantes morreram carbonizados.

Dentre as vítimas estava o Bispo Dom Giocundo Maria Grotti, que chefiava a Diocese de Rio Branco. Italiano de origem, ele se encontrava no Acre em substituição a Fontenele de Castro.

O dia 28 de setembro de 1971 entrou para sempre na história de Sena Madureira/Foto: ContilNet

Ao todo, segundo conta a história, foram 33 mortos, entre passageiros e tripulantes.

O ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindissem), Antônio Furtado Davila, tinha 17 anos à época dos fatos e contou ao Contilnet o que recorda daquele triste momento. “Me lembro bem que ao chegarmos lá não deu pra se aproximar porque o fogo estava com quase 2 metros de altura. Os corpos foram resgatados em caixas de madeira. Um dia antes da tragédia, o Bispo Dom Giocundo tinha ministrado aula para a nossa turma”, relembrou.

Após 45 anos, irmã Marinela recorda acidente aéreo que vitimou Dom Giocondo  em Sena Madureira - Jornal A Gazeta do Acre

Dom Giocondo estava entre as vítimas/Foto: ContilNet

No local da queda, ainda existem artefatos do avião mesmo após mais de meio século do ocorrido.

Neste sábado (28) a igreja católica Nossa Senhora da Conceição estará celebrando uma missa no local da tragédia em homenagem às vítimas.

No avião, estavam 33 pessoas/Foto: Reprodução

Naquela época, as viagens feitas para Rio Branco ocorriam comumente de avião já que a BR-364 não oferecia condições de trafegabilidade.

A tragédia ocorreu três dias após o aniversário de Sena Madureira. Em 1971, Sena havia celebrado 67 anos de fundação.

No acidente, morreram as seguintes pessoas, incluindo a tripulação:

Francisco Pedroso da Silva;
Orlando Vieira da Mota;
Valeria Maria de Oliveira;
Bárbara Heliodora de Lima Bezerra;
Jecineide Braña;
Bispo Dom Giocondo Maria Grott;
Miguel Silva;
Pedro Vitor Feitosa;
Arquimedes Rodrigues da Conceição;
Raimundo Vieira da Costa;
Milton Quadreni;
Jair Martins Marque;
Aymar Pallera de Albuquerque;
Luiz Carlos Ramos;
Lidia Duarte Magalhães;
Silverio Nazaré;
Maria Ermengada Dias;
José Luiz Farias dos Santos;
Osvaldo Dilson Magalhães;
José das Chagas Pereira;
Pantaleão Nicácio da Silva.

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