Médico recomenda evitar prática de atividades físicas durante período crítico de poluição no Acre

Cardiologista Odilson Silvestre alerta sobre os riscos de fazer atividades físicas ao ar livre durante período crítico da qualidade do ar, e cita consequências da exposição à fumaça

Com a piora da qualidade do ar em Rio Branco (AC), encoberto por uma densa cortina de fumaça por causa das queimadas, a prática de exercícios físicos virou uma atividade não recomendada. É o que o explicou o médico cardiologista Odilson Silvestre em entrevista ao Jornal do Acre 1ª edição, nesta terça-feira (3).

De acordo com o cardiologista, caso as pessoas queiram continuar praticando exercícios físicos durante esse período crítico da qualidade do ar, a recomendação é se exercitar em locais fechados com o ar filtrado.

Imagem do centro da cidade de Rio Branco nesta quarta-feira, 28. Foto: Luan Martins/Sesacre

– É perigoso (fazer atividades físicas), sem nenhuma dúvida. A pessoa está correndo um risco que ela poderia evitar. Então, tentar fazer em academias e ambientes fechados com o ar filtrado. Se for feito essa escolha realmente tem um risco e, às vezes, as pessoas vão justamente bem de manhã ou no final do dia, que talvez (…) nós percebemos que esse é o horário que a poluição está em níveis mais altos do que durante o meio do dia – explica o especialista.

Odilson Silvestre destaca ainda as consequências da exposição à fumaça, que pode causar crises de doenças já existentes, infarto e até a morte.

Odilson Silvestre, médico cardiologista — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Odilson Silvestre, médico cardiologista — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

– Como esse ar tem material particulado tem fuligem, tem carbono e outros gases, ele é inalado e vem direto para nossos alvéolos. Causa inflamação, inchaço, às vezes, um pouco de acúmulo de água, e esse material adentra na circulação. O primeiro dano é no pulmão e começa a ter um edema. Quando entra na circulação começam a ter os problemas circulatórios: a pressão sobe, às vezes o coração até acelera também e podem adevir disso alguns eventos como morte, infarto e crises de doenças que já são crônicas – finaliza.

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