Duas semanas após o naufrágio que matou sete pessoas na Sicília, na Itália, as autópsias começaram a ser realizadas. De acordo com o La Repubblica, na terça-feira, foram feitas as análises dos corpos de Chris Morvillo e Neda Nassiri, revelando um “afogamento seco”.
Morvillo foi procurador-adjunto no 11 de Setembro e a sua esposa, Neda, dona de uma linha de joias de luxo.
A autópsia feita as vítimas confirmou que morreram de “afogamento atípico”, já que não tinham água nos pulmões, traqueia ou estômago.
Segundo o que os documentos explicam, citados pela imprensa, as vítimas consumiram o oxigênio que ‘ficou’ numa bolha de ar à medida que o barco ia afundando. Devido à subida da água no interior, esse espaço diminuiu e com o passar do tempo o dióxido de carbono aumentou, tornando-se tóxico.
Os médicos forenses apontaram que se tratou de “morte por confinamento”, ou como também é chamado, segundo a imprensa, “por afogamento seco”.
Segundo o La Repubblica, a autópsia pode dar pistas sobre como tudo se passou, apontando que estariam acordados quando o naufrágio aconteceu. Estas vítimas não teriam tido a oportunidade subir ao convés na altura, ficando neste compartimento.
Mulher do dono do Barco teria tentado avisar
O barco pertencia a Mike Lynch, que também morreu, juntamente com a filha Hannah, de 18 anos. Segundo o Repubblica, Angela Bacares, a esposa e mãe, teria percebido das más condições meteorológicas e da cabine onde estava chegou ao convés principal – onde já estavam nove dos dez membros da tripulação. Vale lembrar que a 7.ª vítima mortal era o cozinheiro, Recaldo Thomas.
Segundo o que escreve a imprensa italiana, o iate estava balançando, os móveis caindo no chão e a mulher só pensava em salvar a família. A mulher teria se cortado em um vidro – que a impediu de andar na semana seguinte – e caiu, e não conseguiu chegar à parte inferior, onde a filha e o marido estavam.
O La Repubblica aponta então que se as sete pessoas na parte inferior tivessem chegado ao convés teria sido o “suficiente” para se salvarem, dado que todos os outros que lá estavam sobreviveram.
“Provavelmente”, devido à falta de oxigênio, sofreram um espasmo na traqueia – e a causa de morte será confirmada com análises aos tecidos, mas todos os envolvidos estão de acordo em relação ao “afogamento seco”. Entre os exames, há também exames toxicológicos para avaliar as condições psicofísicas em que as vítimas se encontravam no momento em que foi dado o alarme.
As autópsias restantes, aos corpos de Recaldo Thomas, Mike Lynch e Hannah Lycnh estão marcadas para sexta-feira.