A capital de Rondônia pode ficar desabastecida de combustíveis que dependem do rio Madeira para chegar até a cidade. Nesta terça-feira (10), o rio atingiu um nível mínimo recorde no município: 72 centímetros – o que afeta o frete realizado por balsas.
A estiagem que resseca todos os afluentes do rio Amazonas faz também com que as transportadoras movimentem as embarcações com apenas metade do abastecimento. “Com isso, o frete fica mais caro”, disse Cleibson Carvalho da Silva, presidente da Associação dos Donos de Postos de Combustíveis de Rondônia (Ascopetro), ao Rondoniaovivo. Por mensagens de texto enviadas para a reportagem, Silva afirma que “pode ser que falte [combustível] para algumas companhias” – mas também pontuou que acha que os postos “ainda não vão ficar sem nada”.
“Olhando o país como um todo, a seca de 2024 já é a mais extensiva da história recente”, avalia a pesquisadora e especialista em secas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Ana Paula Cunha. A projeção, tanto do Cemaden quanto do Serviço Geológico Brasileiro (SGB) é que, durante o mês de setembro, a seca se agrave.