Pais processam escola após professora usar fita para prender menino; vídeo

Criança foi retirada da escola pelos responsáveis. Caso foi em maio e foi registrado na polícia como maus-tratos. Outros responsáveis também mudaram alunos de escola

Os pais de um menino de 5 anos estão processando a escola particular bilíngue Maple Bear, unidade do Méier, Zona Norte do Rio, por conta de um episódio em que uma professora usou fita duréx para prender o garoto na cadeira.

O caso foi no dia 8 de maio deste ano e foi registrado na polícia no dia 10 do mesmo mês como maus-tratos. Uma câmera de segurança mostra que o menino, que está em seu segundo ano escolar, tinha se levantado para mexer no estojo.

A professora pega o menino pelo braço e o coloca sentado. Em seguida, ela usa a fita verde que estava na mão para prender o menino no assento. Ele tenta levantar novamente, e a mulher o segura em um abraço.

Depois que ela se levanta, a criança passa quase cinco minutos tentando se soltar e só consegue com a ajuda de coleguinhas. Na saída da escola, ele contou a situação para a avó e disse que se sentiu mal porque as outras crianças riram dele.

No dia seguinte, mãe e vó foram na escola para entender a situação e a professora disse que essa é uma brincadeira que ela faz quando as crianças estão agitadas, mas que não tinha intenção de constranger o menino. Ainda assim, a família pedia uma retratação.

Segundo a família, o menino viajou por 15 dias e ao retornar não quis mais continuar no colégio. Com a repercussão do caso, outros pais e responsáveis tiraram crianças da escola.

Pais processam escola após professora usar fita para prender menino de 5 anos em cadeira no Méier — Foto: Reprodução

Em depoimento à polícia, a professora disse que não envolveu o corpo do garoto com a fita, mas sim prendeu no assento da cadeira.

No início de setembro, uma ação cível foi movida contra a escola, pedindo uma indenização de R$ 72 mil.

Em nota, a escola disse que a professora não faz mais parte do quadro de colaboradores e que não tolera qualquer tipo de tratamento constrangedor ou vexatório. Veja a íntegra da nota:

“Ciente do nosso compromisso de zelar pela dignidade de nossos estudantes, informamos que não toleramos qualquer tipo de tratamento constrangedor ou vexatório por parte de nenhum membro de nossas escolas franqueadas e situações como essa são sempre conduzidas com extremo rigor. Vale ressaltar que atualmente a professora em questão não faz mais parte do quadro de colaboradores da unidade franqueada.

Por fim a Maple Bear Brasil reforça que estimula em sua rede a adoção de critérios rigorosos para recrutamento e seleção de talentos, bem como promove diversas capacitações ao staff desde a contratação. As escolas também promovem práticas junto aos colaboradores com temáticas de saúde mental, regulação emocional e segurança psicológica, com o objetivo de promover um ambiente saudável e harmonioso dentro de nossa comunidade escolar.

O caso tramita em segredo de justiça para preservar a criança”.

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