Pimenta: prefeitos ‘entram de cabeça’ na campanha para tentar eleger seus sucessores

Veja detalhes na coluna 'Pimenta no Reino', do jornalista Matheus Mello

Faltando menos de um mês para o primeiro turno das eleições municipais deste ano, os prefeitos impedidos de disputar uma segunda eleição, apostam todas as suas fichas na reta final da campanha para tentar eleger seus sucessores.

Dos 22 municípios, 15 prefeitos disputam a reeleição no Acre:

Olavinho Boiadeiro (Acrelândia), Jerry Correia (Assis Brasil), Padeiro (Bujari), Manoel Maia (Capixaba), Zequinha Lima (Cruzeiro do Sul), Sérgio Lopes (Epitaciolândia), Naudo Ribeiro (Jordão), Toscano (Manoel Urbano), Valdelio Furtado (Marechal Thaumaturgo), Camilo Silva (Plácido de Castro), César Andrade (Porto Walter), Tião Bocalom (Rio Branco), Tamir Sá (Santa Rosa do Purus), Rosana Gomes (Senador Guiomard) e Maria Lucineia (Tarauacá).

E as sucessões?

Começando por Brasiléia, onde o cenário era completamente diferente há alguns meses e mudou de uma hora para outra. A prefeita Fernanda Hassem, muito bem avaliada, eleita e reeleita, tinha nos planos conseguir eleger a sua chefe de Gabinete, Suly Guimarães, outro nome bastante querido na cidade.

Contudo, por questões de saúde, ela precisou desistir da disputa e coube a Carlinhos do Pelado, atual vice-prefeito por dois mandatos ao lado de Fernanda Hassem, assumir a missão.

Fiel escudeiro de Fernanda por 8 anos seguidos, nada mais justo que ele fosse escolhido para disputar a prefeitura do município.

Fernanda Hassem e Carlinhos do Pelado/Foto: Reprodução

A prefeita embarcou na campanha e participa lado a lado de Carlinhos em todas as agendas. Ela foi a responsável pela filiação dele ao Progressistas, com o aval do governador Gladson Cameli.

“Para Brasiléia seguir avançando e para o o trabalho continuar, vote no Carlinhos”, disse.

Terra do açaí

Em uma das disputas mais acirradas da história de Feijó, o atual prefeito Kiefer Cavalcante escolheu o ex-prefeito Cláudio Braga, do Progressistas.

Cláudio já foi vice-prefeito da gestão Kiefer. Os dois foram eleitos no primeiro mandato de Kiefer, em 2016. Na época, Cláudio era do PSB. O vice-prefeito chegou a assumir a Prefeitura de forma interina por algumas vezes entre 2017 e 2020.

Kiefer e Claudio Braga ao lado do governador Gladson Cameli/Foto: Reprodução

Ele é apoiado também pelo governador Gladson Cameli e pelo irmão de Kiefer, o deputado estadual Marcos Cavalcante.

Barões do café

Em Mâncio Lima, reduto dos barões do café do Acre, a disputa chegou até a criar um racha na família Lima, a mais tradicional do município. O atual prefeito, Isaac Lima, que foi expulso do PT por infidelidade partidária, decidiu lançar a candidatura de Zé Luiz, no Progressistas, como sua aposta na sucessão. Ele tem o apoio do governador Gladson Cameli.

Zé Luiz, Gladson Cameli e Isaac Lima/Foto: Reprodução

Por outro lado, o irmão dele, o ex-deputado do PT, Jonas Lima, deverá estar no palanque de Chicão da Distribuidora, do MDB, que já chegou a liderar as pesquisas de intenção de votos.

Mais um progressista

Também sob o comando do Progressistas, Porto Acre terá quatro nomes a disposição na disputa pela prefeitura.

O atual prefeito, Bené Damasceno, eleito e reeleito com um ótima aceitação, escolheu Máximo Costa como seu sucessor.

Bené Damasceno ao lado de Maximo Costa/Foto: Reprodução

Ele garantiu o apoio do governador Gladson Cameli e dos três senadores do Acre: Marcio Bittar, Sérgio Petecão e Alan Rick. Apoios de peso.

Reduto do PSD

PSD detém a gestão da prefeitura de Rodrigues Alves/Foto: Reprodução

O PSD aposta todas as fichas na eleição de Salitiel Magalhães em Rodrigues Alves. Ele foi o escolhido para tentar suceder o prefeito Jailson Amorim. A candidatura é uma oposta para evitar que o Progressistas, partido do governador Gladson Cameli, conquiste mais uma prefeitura no Acre. Por lá, o PP lançou a candidatura de Curinga.

Única prefeitura do PT

O PT pretende seguir no comando da única prefeitura sob a gestão do partido no Acre: Xapuri, terra de Chico Mendes.

Por lá, o prefeito Bira Vasconcellos, eleito por três vezes, escolheu o nome do professor Erivelton Soares para tentar manter a hegemonia petista.

Erivelton e o padre Antônio Menezes/Foto: Reprodução

Ele tem como vice o padre Antônio Menezes, um nome muito forte no município.

Briga de cachorro grande

De todas as sucessões, a mais acirrada com certeza acontece em Sena Madureira. O prefeito Mazinho Serafim, eleito e reeleito no município, inicialmente havia escolhido o nome do vereador Alipio Gomes. Contudo, após uma reviravolta, optou por lançar a candidatura do deputado estadual Gilberto Lira, seu maior pupilo, para lhe suceder na prefeitura.

Gilberto Lira e Mazinho Serafim/Foto: Reprodução

Lira foi eleito vice-prefeito por duas vezes ao lado de Mazinho, em 2016 e 2020. Ele disputa o cargo contra o deputado federal Gerlen Diniz.

Sena Madureira será palco de uma das disputa mais interessantes dos últimos anos.

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