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Previsão indica máxima superior a 40°C no Brasil; veja lista de capitais mais quentes

Por G1

Em mais um dia de altas temperaturas em todo o país, capitais podem ter máximas próximas a 40°C nesta quarta-feira (11). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Cuiabá deve ser a capital mais quente do país, com os termômetros marcando 41°C.

A região tem estado frenquentemente no topo do ranking de maiores temperaturas do Brasil nas últimas semanas.

Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, explica que a geografia da região de Cuiabá é um fator importante que favorece a manutenção das altas temperaturas.

Poluição acumulada por conta da sequência de dia sem chuva deixa o Sol alaranjado. — Foto: Rui Randi

“A região recebe bastante ar quente da região Norte, obviamente não tem influência do oceano e está bem no meio da América”, analisa o meteorologista.

Ele ainda pontua que a época do ano também influencia o calor observado no local. Esse período do ano tradicionalmente é o mais quente na região, tanto pela ausência de chuvas como pelo fato das massas de ar frio não conseguirem avançar.

🔴A faixa central do Brasil é a que tem sofrido mais com o calor. De acordo com o Inmet, São Paulo, norte do Paraná, sul de Minas Gerais, sul de Goiás, Mato Grosso do Sul, oeste do Mato Grosso, Rondônia e sul do Amazonas devem ter temperaturas 5ºC acima da média por um período maior do que cinco dias.

Região central do país é a que mais deve sofrer com as altas temperaturas nos próximos dias. — Foto: Inmet

🥵Ao menos 12 capitais devem ter temperaturas acima dos 35ºC. Veja a lista das mais quentes:

  • Belém – máxima de 36°C
  • Boa Vista – máxima de 37°C
  • Campo Grande – máxima de 39°C
  • Cuiabá – máxima de 41°C
  • Goiânia – máxima de 36°C
  • Manaus – máxima de 38°C
  • Palmas – máxima de 37°C
  • Porto Alegre – máxima de 36°C
  • Porto Velho – máxima de 38°C
  • Rio Branco – máxima de 36°C
  • Rio de Janeiro – máxima de 37°C
  • Teresina – máxima de 38°C

Com as altas temperaturas e o tempo extremamente seco, umidade relativa do ar também deve ficar baixa em quase todos os estados brasileiros.

Somente Sergipe, Alagoas, Amapá e Roraima não tem nenhuma região do estado com expectativa de baixa umidade. Nos demais estados e no Distrito Federal, a umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 20%.

A baixa umidade, o acúmulo de poluição e a fumaça vinda das queimadas pode causar diversos problemas de saúde. Para os dias de tempo muito seco e poluído, as recomendações do Ministério da Saúde são:

  • 🫗 Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas.
  • 💨 Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar-condicionado ou purificadores de ar.
  • 🪟 As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa.
  • 🏋️ Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas.

Previsão de frente fria

A previsão indica que uma nova frente fria deve se deslocar pelo país, trazendo um alívio temporário para algumas áreas afetadas pelo calor extremo até o fim da semana.

De acordo com a Climatempo, o sistema deve trazer um pouco de chuva para o Sul, Centro-Oeste e Sudeste, mas não deve ser capaz de quebrar o bloqueio atmosférico responsável pela onda de calor que atua no país.

🔄Os bloqueios atmosféricos são sistemas de alta pressão que se estabelecem em níveis médios da atmosfera e intensificam a circulação do ar de cima para baixo. Esses fenômenos favorecem o aumento das temperaturas e impedem a formação de grandes nuvens de chuva. Além disso, dificultam o avanço de frentes frias pelo interior do país.

“Essa frente fria não chega a romper o bloqueio por comlpleto, mas acaba com a onda de calor no Sul, leste de São Paulo, Rio de Janeiro e também sul do Mato Grosso do Sul”, comenta Luengo.

Os estados que mais devem sentir a queda nas temperaturas são Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso e sul de Goiás, os termômetros devem registrar a redução nas máximas no final de semana.

Já no Sudeste, o sistema deve amenizar o calor extremo, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais.

Luengo ainda pondera que, apesar do alívio significativo que a frente fria deve trazer para essas regiões, o refresco deve ser bem momentâneo. “Aquela aliviada de dois, três dias estourando em algumas partes, e depois já volta o calor de novo”, prevê.

Quando a chuva volumosa deve voltar?

O bloqueio atmosférico que se instalou sobre a região central do país é considerado forte e ainda deve demorar para ser quebrado.

Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, disse que ainda não há expectativa para que a chuva volte a ficar regular no país a curto prazo.

“Nós só vamos começar a pensar nessas pancadas de chuva caindo quase todas as tardes a partir da segunda quinzena de outubro”, prevê.

🌧️Até lá, as chuvas devem se concentrar em pontos isolados da costa leste do Nordeste, no sul do Nordeste, partes do litoral do Sudeste e extremo Norte.

Ela ainda lembra que somente uma chuva volumosa é capaz de dissipar a poluição e a fumaça que têm sido recorrentes no céu brasileiro.

Veja como devem ficar as temperaturas nas capitais nos próximos dias, segundo o Inmet:

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