O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, deve usar informações da Controladoria Geral da União (CGU) para se defender.
O órgão — responsável por apurar denúncias de assédio moral e sexual dentro do governo — fez uma análise de todas as acusações de assédio sexual recebidas desde o início do governo Lula. Nenhum registro contra o Silvio Almeida foi encontrado.
A ordem para o “pente-fino” na Controladoria veio ainda no fim da semana. Outros canais do governo também foram consultados.
Em casos de queixa contra ministros, a denúncia é recebida e analisada pela CGU. A conclusão é enviada para análise do Comitê de Ética Pública.
Segundo o “Resolveu?”, painel público da CGU, só este ano foram registradas 571 denúncias de assédio sexual em órgãos públicos federais.
Silvio Almeida foi demitido na última sexta-feira, um dia após o Me Too Brasil confirmar o recebimento de denúncias contra pelo ex-ministro, que nega todas as acusações. Entre as vítimas de assédio sexual estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
A Polícia Federal também acompanha o caso e deve ouvir o ex-ministro nos próximos dias.