Único hospital infantil particular do Acre encerra internações e dá aviso prévio a funcionários

Medida afeta todos os servidores e deixa apenas consultas de ambulatório

Hospital de Urgência Infantil (URGIL), o único estabelecimento de saúde infantil particular no Acre, anunciou que encerrará suas atividades de internação, afetando diretamente todos os seus servidores, que irão ser demitidos com aviso prévio. A decisão, que inclui médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e administrativos, foi comunicada nesta terça-feira, 10, através de um aviso prévio que resultará na demissão de toda a equipe.

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Hospital de Urgência Infantil (URGIL)/Foto: Reprodução

Isso ocorre após um período de desafios operacionais enfrentados pela instituição. No final de junho deste ano, o hospital foi fechado por 22 dias devido a uma série de questões levantadas pela Vigilância Sanitária.

Essas questões incluíam inconsistências em relatórios internos, problemas na calibração de equipamentos, manejo inadequado de resíduos e falhas no deslocamento de viaturas, segundo informações. Isso, no entanto, teve um impacto significativo na operação e reputação do hospital.

A médica Maria de Fátima Rosa, uma das sócias da Urgil, confirmou ao Ac 24horas a decisão de mudar o foco da instituição. Segundo ela, a unidade continuará oferecendo consultas de ambulatório, mas não fornecerá mais serviços de internação.

A decisão reflete uma mudança significativa na operação do hospital, que até agora era um dos poucos serviços especializados para crianças na região.

O fechamento das internações deixa um vazio no atendimento especializado para pacientes infantis no Acre, uma vez que a Urgil era a única opção particular disponível para esse segmento da população. A continuidade das consultas de ambulatório pode ajudar a suprir parte da demanda, mas não substitui a necessidade de internação para casos mais graves.

Não foram divulgados detalhes adicionais sobre o futuro da estrutura do hospital ou sobre como será feito o processo de desligamento dos funcionários. A comunidade local e os profissionais de saúde estão acompanhando a situação com preocupação, dadas as implicações para o atendimento de saúde infantil na região.

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