Criminosos supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) foram torturados, enterrados vivos e mortos em Jundiaí, interior de São Paulo, por membros da própria facção após serem submetidos a um “tribunal do crime“, também chamado de tabuleiro.
No primeiro semestre de 2019, três homens foram assassinados no Morro São Camilo. Três deles teriam matado “por engano” o irmão de um membro da organização criminosa. O intuito era receber mais dinheiro na divisão do montante obtido em um assalto. A outra vítima foi “julgada” e morta por supostamente ameaçar o irmão e braço direito do chefão do PCC por um desentendimento de cunho pessoal.
Documento do Ministério Público de São Paulo (MPSP), obtido pelo Metrópoles, aponta que as vítimas teriam sido convencidas a ir para o morro acreditando que esclareceriam a situação por meio de um debate.
No local, porém, eles foram “julgados” e sentenciados à morte por determinação do sintonia da região, Elias Oliveira dos Santos, o Nego Lia. O criminoso seguia foragido da Justiça até a publicação desta reportagem.