Atirador que matou o pai e um irmão e feriu mais dez pessoas era CAC autorizado

Armas utilizadas eram legalizadas ao Exército e Polícia Federal, apesar de atirador ter histórico de esquizofrenia, diz Polícia Civil do Rio Grande do Sul

Revelações feitas em coletiva de imprensa pelo delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, mostraram quer o o atirador de Novo Hamburgo (RS), que nesta madrugada de quarta-feira (23), matou três pessoas (entre elas o próprio pai e um irmão) e ferir outras nove (entre elas a mãe) , era CAC (Colecionador, Atirador, Caçador desportivo), apesar de um histórico de esquizofrenia. Segundo o delegado, Edson Fernando Crippa, que se matou após balear 12 pessoas, tinha histórico de esquizofrenia, um problema que também atingia seu pai.

Todas as armas utilizadas pelo atirador de Novo Hamburgo tinham registros e eram legais. O atirador não tinha histórico criminoso. As armas eram registradas no Exército e na Polícia Federal.

Atirador que matou o pai e um irmão e feriu mais dez pessoas era CAC autorizado/Foto: ContilNet

Após matar três pessoas e ferir outras nove, o atirador foi encontrado morto em casa, em Novo Hamburgo. Novo Hamburgo fica na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).

Ataque a tiros deixou 12 pessoas baleadas, entre elas o policial militar Everton Raniere Kirsch Junior, que não resistiu aos ferimentos e faleceu. Creppa tinha licença Sigma do Exército para manter armas em casa.

“Estamos apurando informações de que seja um problema familiar, tanto dele, quanto o pai, de esquizofrenia. Mais detalhes serão apurados”, destacou o delegado na entrevista coletiva transmitida ao vivo pela Globo News.

Ente as 12 pessoas que sofreram o ataque a tiros estão sete brigadistas militares, um guarda municipal e quatro pessoas da família do atirador. Até o momento, quatro pessoas morreram, sendo o próprio atirador, o pai e o irmão dele, além de um policial militar. Segundo o Secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, o homem tinha o registro de duas armas e havia realizado o exame psicotécnico.

O pai, Eugênio Crippa, também é suspeito de ter o mesmo transtorno de esquizofrenia. Edson Crippa fez os pais reféns volta das 23h (21 horas no Acre) de terça-feira (22) e, no decorrer da ocorrência, abriu fogo matando três e ferindo outras nove. Segundo informações do comandante da Brigada Militar (BM), Cláudio Santos Feoli, a polícia entrou na casa do homem por volta das 8h30 (6h30min no Acre) desta quarta-feira (23) e o encontrou o atirador morto. A Brigada Militar foi ao local após denúncia de maus-tratos contra os pais do atirador, que os mantinha em cárcere privado.

Os mortos são o pai dele, Eugênio Crippa, de 74, que acionou a polícia; o irmão, Everton Crippa, de 49; e um PM, identificado como Everton Kirsch Júnior, de 31. Ele ainda feriu a mãe, Cleris Crippa, de 70; e a cunhada Priscilla Martins, de 41. O atirador era motorista de caminhão. A mãe do atirador está em estado grave.
As demais pessoas feridas são seis policiais e um guarda municipal. Segundo a BM, um sargento, de 38 anos, foi baleado no ombro. Um soldado, de 32, levou um tiro no pé, de raspão, e outro, de 31, foi atingido por cerca de três tiros e estaria em estado grave. Outros dois policiais também ficaram feridos, um deles, de 26 anos. Todos foram levados ao Hospital Municipal.

Os policiais tentaram negociar a rendição do suspeito. As casas vizinhas à ocorrência foram esvaziadas como medida de segurança. O atirador teria derrubado a tiros dois drones usados na ação policial e respondia as negociações da polícia com disparos.

“Poderíamos ter tido um número muito maior de feridos se a brigada não tivesse feito as incursões para retirar os feridos”, informou a Brigada Militar.
O atirador tinha 45 anos de idade.

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