O ex-presidente Jair Bolsonaro foi convocado para prestar depoimento em um processo que apura improbidade administrativa por parte do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. A decisão é assinada pelo juiz Eduardo Kahler Ribeiro, da 4ª Vara Federal de Santa Catarina. Na ação, Silvinei pode perder a aposentadoria que tem como policial inativo.
Vasques é alvo de uma investigação conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU) em relação a conduta dele durante as eleições de 2022. Na ocasião, ele fez declarações públicas em apoio a Jair Bolsonaro e pediu votos para o então candidato, que à época era o presidente da República.
O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, assim como Bolsonaro, também foi arrolado como testemunha no processo. A ação começou na corregedoria da PRF e foi posteriormente enviada à CGU. Silvinei também é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 2022, ele estava à frente da corporação e é suspeito de ter comandado uma ação que resultou na realização de diversas blitzes em estados do Nordeste que teriam como objetivo impedir a chegada dos eleitores da região até as urnas de votação.
Vasques nega as acusações de ter feito campanha para Bolsonaro ou de ter atuado para mobilizar barreiras que poderiam atrasar ou impedir a chegada de eleitores até as sessões eleitorais.
O Correio tenta contato com as equipes de Bolsonaro e Silvinei para comentar a convocação e o processo. Em caso de resposta, o texto será atualizado.