Um novo levantamento que projeta a erradicação da pobreza extrema nas unidades federativas brasileiras revela que o Acre ainda enfrenta grandes desafios para atingir essa meta. Segundo o mapa divulgado pela plataforma Brasil em Mapas, o estado apresenta 13,2% de sua população vivendo em situação de extrema pobreza em 2023, com previsão de erradicação somente após 2030.
A pesquisa utiliza como parâmetro uma taxa inferior a 3% da população vivendo com menos de US$ 2,15 por dia (R$ 209 mensais), seguindo o critério do Banco Mundial. Embora estados como Santa Catarina e Distrito Federal já tenham atingido essa meta, as projeções indicam que o Acre será o último estado a eliminar essa condição, com previsão de conclusão em 2033.
A desigualdade no Norte e Nordeste
O mapa evidencia as disparidades regionais, com estados do Sul e Sudeste (como São Paulo e Santa Catarina) erradicando a pobreza extrema antes de 2015, enquanto Acre e outros estados do Norte e Nordeste ainda têm altas taxas de extrema pobreza. O Amazonas, por exemplo, projeta erradicação em 2025, e o Maranhão, em 2027.
No caso do Acre, com 13,2% da população em extrema pobreza, a previsão de erradicação foi estendida até 2033, tornando-o o último estado brasileiro a atingir essa meta.
Progresso desigual e desafios futuros
De acordo com o estudo, alguns estados, como Bahia e Amazonas, devem alcançar a erradicação da pobreza extrema até 2025. Ceará e Sergipe estão previstos para atingir o objetivo em 2026, enquanto o Maranhão fará isso em 2027. No entanto, para o Acre, a realidade aponta um caminho mais longo, com projeção de erradicação em 2033, tornando-o o último estado a alcançar a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 1) da ONU.
Especialistas alertam que políticas públicas voltadas especificamente para o contexto socioeconômico local serão fundamentais para acelerar esse processo. “O Acre precisa de investimentos em infraestrutura, programas de transferência de renda e qualificação profissional para transformar a realidade atual,” destaca um economista ouvido pela reportagem.
Projeção oferece um alerta sobre políticas públicas
O cenário apresentado pela pesquisa deixa claro que ações mais eficazes são necessárias para diminuir a desigualdade entre as regiões brasileiras. A erradicação da pobreza extrema é fundamental para garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Assim, o Acre representa um exemplo da urgência de políticas públicas mais assertivas, que incluam incentivos econômicos e sociais que possam alterar a estrutura atual. O mapa não só serve como um diagnóstico, mas também como um convite à reflexão e à ação para os governos locais e federais.