Fiocruz mostra que Rio Branco é uma das 6 capitais com aumento de casos de SRAG

Boletim também mostra que, apesar dos casos na Capital, o Acre, ao lado do Pará, estacionou os índices da doença e isso indica que doença pode diminuir entre os acreanos

Rio Branco, no Acre, é uma das seis capitais das 27 unidades da Federação que apresentam crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo, nas últimas seis semanas. As outras cinco capitais com o mesmo problema são: Brasília (Distrito Federal), Macapá (Amapá), Manaus (Amazonas), Natal (Rio Grande do Norte) e São Luís (Maranhão).

Casos de gripe aumentaram/Foto: ContilNet

É o que revela o novo Boletim do InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta segunda-feira (21). No entanto, o mesmo Boletim mostra que o Acre, ao lado do Pará, apresenta indícios de interrupção de crescimento ou início de queda nos casos graves de SRAG, muito provavelmente associados à Covid-19. Ainda de acordo com o mesmo boletim, apenas duas unidades federativas sinalizam crescimento de SRAG: Mato Grosso e Pernambuco.

O único estado que registra ocorrências graves por rinovírus, especialmente entre crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, é Pernambuco, além do aumento de casos de SRAG por Covid-19, principalmente na população adulta e idosa. O estudo é referente à Semana Epidemiológica (SE) 41, de 6 a 12 de outubro. A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sive-Gripe). A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella, alerta que, apesar do atual cenário epidemiológico ser “bem mais tranquilo” do que o observado nas semanas anteriores, é importante que a população continue tomando as medidas de prevenção indicadas.

“O recomendado é que a gente continue usando boas máscaras ao sair de casa e em caso de aparecimento de sintomas de síndrome gripal. Diante de qualquer sintoma como nariz escorrendo, tosse, garganta arranhando ou espirros, o ideal é sair de casa usando uma boa máscara para evitar transmitir esses vírus para outras pessoas. Com atitudes simples como essas, a gente consegue manter a circulação desses vírus respiratórios em queda ou em baixa na maior parte do país”, destaca a pesquisadora.

Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 28,7% para influenza A; 13% para influenza B; 9% para VSR; 8,5% para rinovírus; e 52% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 19,3% para influenza A; 4% para influenza B; 1,2% para VSR; 6,9% para rinovírus; e 65,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Referente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 144.365 casos de SRAG, sendo 68.633 (47,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 60.146 (41,7%) negativos, e ao menos 7.923 (5,5%) aguardando resultado laboratorial. Os dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado. Dentre os casos positivos do ano corrente, 17,9% são influenza A, 1,2% são influenza B; 37,5% são VSR; 25,1% são rinovírus; e 18,9% são Sars-CoV-2 (Covid-19).

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