“Foi um pequeno sangramento cerebral”, diz médico de Lula

O presidente sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, no sábado

A queda de Lula em um banheiro no Palácio da Alvorada, na noite de sábado, 19, resultou em um “pequeno sangramento cerebral”, afirmou Roberto Kalil, médico do presidente.

Por causa do acidente, o petista foi orientado a cancelar a viagem de avião que faria para a Rússia. O chanceler Mauro Vieira vai assumir o comando da delegação brasileira no evento dos Brics, que terá o ditador Vladimir Putin como anfitrião.

Presidente Lula/Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Lula está liberado para outras atividades e segue sob cuidados médicos do cardiologista Roberto Kalil e da infectologista Ana Helena Germoglio.

Ele ficará sob observação pelas próximas 72 horas. Na terça-feira, fará novos exames.

Segundo boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, Lula sofreu um ferimento corto-contuso na região occipital, ou seja, uma lesão com corte e contusão na parte de trás da cabeça.

Cúpula dos Brics

Lula iria a Kazan, na Rússia, para participar da cúpula de líderes do Brics, grupo formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Agora, ele participará do encontro por meio de videoconferência.

A cúpula tem atividades previstas de terça, 22, a quinta-feira, 24, e terá como anfitrião o ditador Vladimir Putin. O autocrata russo não participou da última reunião dos Brics na África do Sul, em 2023, diante do risco de ser preso por causa de um mandado do Tribunal Penal Internacional.

Leia também: China e Rússia se preparam para humilhar Lula no Brics

Putin se diz amigo de Lula

Vladimir Putin anunciou na sexta-feira, 18, que não viajará para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, em novembro.

“Tenho relações excelentes e amigáveis com o presidente Lula. Devo ir lá especificamente para perturbar o trabalho deste fórum?”, disse o chefe do Kremlin em uma conferência de imprensa em Moscou.

“Minha possível visita prejudicaria o trabalho do G20. Vamos descobrir quem apresentará a Rússia”, acrescentou.

Putin tratou ainda da proposta conjunta da China e do Brasil para acabar com a guerra na Ucrânia, apresentada em maio. Disse que era “equilibrada” e forneceria uma boa base para encontrar uma solução.

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