As medidas tentam reduzir os impactos na mobilidade e na ordem pública, segundo o poder municipal.
Os eventos vão acontecer em duas regiões: o Complexo Mauá, na Zona Portuária, onde ocorrem as discussões da sociedade civil; e o Complexo G20, no Aterro do Flamengo, onde ocorrem os debates entre as delegações dos países, com a presença dos chefes de Estado.
Complexo G20
A cúpula do G20 propriamente dita acontece no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) entre os dias 18 e 19 de novembro.
Serão 55 delegações, 40 países e 15 organismo internacionais presentes.
Complexo G20, onde devem ocorrer as discussões entre os chefes de Estado durante o evento que acontecerá no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ Centro de Operações Rio
“Reformamos o entorno. Aproveitamos a oportunidade para mudar a forma de ocupação e acesso ao MAM com aquela rua sendo transformada em um boulevard e mudando as ruas de acesso ao Vivo Rio e ao próprio Museu de Arte Moderna”, afirmou Eduardo Paes.
A expectativa é de que cada delegação utilize 6 veículos oficiais e siga com os batedores.
“A tendência é que, nesses dias, a gente tenha, nestes dias, a circulação de muitas autoridades que venham pela orla do Rio em direção ao Museu de Arte Moderna, o Complexo G20”, disse o prefeito.
O G20 é um fórum internacional que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, recentemente, a União Africana.
Aterro do Flamengo
Aterro do Flamengo é a área com o maior número de restrições de circulação durante o G20 — Foto: Reprodução/ Centro de Operações Rio
O Aterro do Flamengo é a região da cidade com o maior número de bloqueios. As pistas serão completamente fechadas ao trânsito nos dias 17, 18 e 19 de novembro. A circulação será exclusiva para as comitivas das delegações e veículos relacionados ao evento.
O fechamento do Aterro do Flamengo inclui a circulação de pedestres na pista.
“Os pedestres poderão usar o Parque do Flamengo pelas passagens subterrâneas. As passarelas que existem não estarão liberadas ao público. E mesmo quem usa o Parque do Flamengo vai ter restrições”, destacou Eduardo Paes.
Serão, ao todo, 35 pontos de bloqueio na região. A interdção acontece entre o Monumento a Estácio de Sá e o MAM Rio.
No dia 15 de novembro acontecerá um treinamento operacional das forças de segurança, também com restrições a circulação.
Áreas de lazer
A cidade do Rio de Janeiro não contará com áreas de lazer (pistas de carros fechadas para lazer em domingos e feriados) na orla da praia do Leblon a Copacabana e no Aterro do Flamengo nos dias 15, 17, 18, 19 e 20 de novembro – Dia da Consciência Negra, quando as delegações devem estar saindo da capital fluminense.
“A partir do Leblon até o [Aeroporto] Santos Dumont, ou seja, as orlas das praias do Leblon, Ipanema, Copacabana e o Aterro do Flamengo não teremos a área de lazer”, destacou Paes.
Orla do Leblon a Copacabana
Orla de Leblon, Ipanema e Copacabana terão circulação impactada durante o G20. — Foto: Reprodução/ Centro de Operações Rio
A orla de Leblon, Ipanema e Copacabana também terá restrições, mas não de circulação. A CET-Rio e a Guarda Municipal devem reforçar os efetivos nas travessias, e o estacionamento ficará proibido.
“Por conta da necessidade dos veículos oficiais, das motocicletas dos batedores estacionarem, as vagas na orla da Zona Sul, especialmente em frente aos hotéis, ficarão reservadas somente para estes veículos. A carga e descarga fica proibida”, alertou Joaquim Dinis.
Aeroporto
Por motivo de segurança, a Prefeitura do Rio de Janeiro solicitou que os voos no Aeroporto Santos Dumont fossem deslocados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, nos dois dias de presença de autoridades no MAM.
“A gente solicitou por motivos de segurança e também por motivos de circulação na cidade que o Santos Dumont, disse que já tinha conversado com o presidente Lula, que os voos dos dois dias da cúpula pudessem ser deslocados para o Aeroporto do Galeão, uma vez que acabaria gerando problemas ali”, afirmou o prefeito do Rio.
Complexo Mauá
Complexo Mauá deve receber cerca de 40 mil pessoas por dia. — Foto: Reprodução/ Centro de Operações Rio
O chamado Complexo Mauá, na Zona Portuária da cidade, onde vão ocorrer o G20 Social, o U20 e o Festival de Cultura da Aliança Global, deve receber cerca de 40 mil pessoas por dia.
“Na Praça Mauá tem o palco principal, com muito show acontecendo. O Museu do Amanhã vai ser intensamente utilizado. O Edifício Touring vai reunir os órgãos públicos. No Armazém 1, no Espaço Kobra, no Armazém 3, no Armazém da Utopia vão estar ocupados por eventos do período acontecendo”, afirmou Paes.
O prefeito afirmou que a região contará com um rígido controle de acesso. Os pontos de entrada serão controlados pelas forças de segurança do poder estadual. A previsão é que estes fiquem na Praça Mauá, na altura da Avenida Barão de Teffé e na altura do AquaRio.
“Essa região é o centro da participação mais dos atores paralelos ao encontro de cúpula que alimenta o G20”, disse Paes.
VLT
Pontos de táxi na região do Complexo Mauá no período do G20. — Foto: Reprodução/ Centro de Operações Rio
De acordo com o presidente da CET-Rio, Joaquim Dinis, não existe a previsão de bloqueios de trânsito na região do Complexo Mauá.
“Para os eventos que vão acontecer na região da Praça Mauá, não existe previsão de bloqueios de trânsito. Existe a previsão de controle ao acesso de pedestres no Boulevard Olímpico, mas a Rua do Acre e a Avenida Venezuela ficam liberadas ao trânsito”, disse Dinis.
Na saída dos eventos, pontos de táxi estarão localizadas na Avenida Venezuela e no período noturno, na Rua do Acre, próximo à Avenida Rio Branco. Ele recomenda que as pessoas que circularão pela região usem o VLT.
Três estações do VLT estarão fechadas durante entre 14 e 16 de novembro por conta do esquema de segurança e acesso — Foto: Reprodução/ Centro de Operações Rio
“Também não existe alteração em relação às paradas de ônibus e garagens. O que é mais importante na circulação desta região é o VLT, que funciona e é uma boa alternativa para chegar lá”, destacou o presidente da CET-Rio.
Joaquim Dinis alerta que três estações estarão fechadas durante entre 14 e 16 de novembro por conta do esquema de segurança e acesso na região:
Durante à noite, após os shows que acontecerão na região, a Linha 3 funcionará de 17h às 1h. As outras estações ficarão fechadas.
Estações da Linha 3 do VLT funcionarão durante o período da noite na Região Portuária do Rio — Foto: Reprodução/ Centro de Operações Rio
G20 Social e U20
G20 Social deve receber 8 mil pessoas no Espaço Kobra — Foto: Reprodução/ Centro de Operações Rio
O Espaço Kobra, onde acontecerão as atividades do G20 Social, deve reunir cerca de 8 mil pessoas. No dia 14 de novembro estão previstas as atividades propostas pelos próprios movimentos sociais que participam das discussões.
Já no dia 15 de novembro, devem ocorrer três plenárias com os temas do G20 como combate à fome, sustentabilidade e mudança climática e cooperação internacional.
No dia 16 ocorre a plenária final da Cúpula Social do G20, com a previsão de participação de 5 mil pessoas.
A programação do U20, que ocorrerá no Armazém Utopia, conta com a realização de sessões abertas entre os dias 14 e 16 de novembro e a cúpula dos prefeitos no dia 17.
Shows
Os shows da Aliança Global Festival estão previstos para acontecer a partir das 18h. A expectativa é de que cerca de 40 mil pessoas compareçam por dia no Complexo Mauá.
Entre os nomes já divulgados que participarão do evento estão Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Daniela Mercury, Seu Jorge, Diogo Nogueira, Maria Rita e outros. A programação detalhada ainda será apresentada.
Megaferiadão
A cidade do Rio de Janeiro terá um megaferiadão de seis dias que tem como objetivo reduzir a circulação durante o período em que a cidade recebe chefes de estado. A medida busca facilitar o deslocamento dos líderes mundiais e suas comitivas, além de ajudar no planejamento das diversas reuniões paralelas que ocorrerão durante o evento.
O megaferiadão não contempla:
- comércio de rua;
- bares e restaurantes;
- padarias;
- hotéis, hospedarias e pousadas;
- centros e galerias comerciais, bem como shopping centers;
- estabelecimentos culturais, como teatros, cinemas e bibliotecas;
- pontos turísticos;
- empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de imagens, bem como empresas programadoras e de produção de televisão por assinatura;
- indústrias localizadas nas Áreas de Planejamento (APs) 3 (bairros da Zona Norte como Penha, Ramos, Irajá, Madureira, Méier, Pavuna, Maré, Jacarezinho e Ilha do Governador), 4 (Barra da Tijuca e Jacarepaguá) e 5 (bairros da Zona Oeste como Bangu, Realengo, Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba);
- e estabelecimentos que desenvolvem atividades por meio de trabalho remoto.
- Utopia/ AquaRio;
- Parada dos Navios/ Valongo;
- Parada dos Museus.
Vias expressas
A Linha Vermelha também deve ser impactada. A via será o principal local de deslocamento do Aeroporto do Galeão até os hotéis. A Avenida Brasil será usada como via alternativa.
A Linha Amarela será a rota de deslocamento dos hotéis da região da Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes em direção à Zona Sul
Operações Integradas
As ações de diversos órgãos públicos serão integradas no Centro de Operações Rio. De lá, também acontecerão os monitoramentos das rotas das delegações. Os agentes contarão com 5 mil câmeras instaladas pela cidade.
Além disso, a atuação durante o G20 contará com 83 novas câmeras. Serão 6 na Praça Mauá e no Boulevard Olímpico e 27 no MAM.
As equipes contarão com 4 drones e o helicóptero do COR, o Helicor.
Hospitais
Os três hospitais de referência do evento serão:
- Hospital Souza Aguiar;
- Hospital Miguel Couto;
- Hospital Lourenço Jorge.
A rede municipal contará ainda com um incremento de 50% na força de trabalho nos plantões.
O atendimento na Cúpula do G20 contará com dois postos montados no MAM e na Marina da Glória.