Nicole Kidman só precisava de uma pausa, um intervalo para respirar. Durante as filmagens de “Babygirl”, a atriz australiana de 57 anos gravou diversas cenas em que o teor erótico está por quase todo lado. Ficou tão excitada que pediu para que fosse afastada da rodagem por algum tempo. “Não me toque”, dizia ela ao seu parceiro de cena no longa-metragem que entrará em cartaz no dia 25 de dezembro nos cinemas americanos. E quem estava por trás de todo esse “incêndio” era o ator britânico Harris Dickinson, de 28 anos.
No filme — dirigido por Halina Reijn e que tem ainda Antonio Banderas no elenco —, Kidman interpreta uma empresária muito bem-sucedida, mas que acaba por se apaixonar por um jovem estagiário (Samuel, papel de Dickinson), envolvendo-se em jogos de sedução e arriscando a própria carreira. “Houve uma enorme quantidade de troca e confiança e, em seguida, frustração. Eu dizia coisas como: ‘Não me toque’”, lembra a artista em entrevista ao jornal britânico The Sun. “(As cenas) estavam o tempo todo tão presentes para mim que quase se tornou um esgotamento.”
No thriller erótico, a personagem aparece em cenas como uma em que se tira as suas roupas e deseja ser dominada pelo novato. Em outra, se ajoelha para lamber leite em um pires, seguindo uma regra que foi determinada entre os dois: “Eu digo o que você deve fazer e você faz”.
Quem é Harris Dickinson
Harris Dickinson, que dá vida ao estagiário sedutor e carismático, nasceu em Londres, na Inglaterra. O bairro onde cresceu, aliás, era frequentemente alvo de violências: “Nosso carro foi roubado algumas vezes, e nossa casa foi saqueada. Uma vez, alguém roubou um banco, correu pela estrada e colocou uma arma na cabeça da minha mãe”, disse ele em uma entrevista à revista GQ.
Teve interesse pela atuação ainda cedo, começando a estudar cinema e teatro na escola, mas largou para seguir carreira como fuzileiro naval. Não durou muito tempo. Depois, ele voltou a se dedicar à interpretação, entrando para a RAW Academy, na capital inglesa. Ainda cedo, Dickinson foi professor de teatro em turmas voltadas para o público infantil, além de ter assumido funções como atendente em diversos estabelecimentos. Com a renda obtida nesses trabalhos, ele pôde pagar alguns custos que a carreira de ator já lhe exigia.
No cinema, ele estreou em “Beach rats”, em 2017, mas ganhou grande destaque em “Triângulo da tristeza”, filme de 2022, em que interpretou o modelo Carl. também já esteve em produções como “Assassinato no fim do mundo” (2023), “Garra de ferro” (2023) e “Blitz” (2024).