Um post do empresário Molson Hart se tornou um viral imediato quando foi postado no X no último sábado (19/10). Nele, o jovem afirma que contraiu uma infecção bacteriana por E. coli no pênis que se mostrou resistente aos antibióticos e o fez urinar sangue. No post, Hart culpa o bidê de sua casa pela infecção.
A teoria que Hart defende em um longo texto no X é que ao usar o bidê para higienizar seu ânus, a água dispersada pelo sanitário acabou levando partículas de fezes para dentro de sua uretra, o que teria gerado a infecção.
“Estava me contorcendo de dor depois de fazer xixi e em um teste descobri que havia sangue na minha urina. Comecei a usar antibióticos, mas ainda estava com sangue coagulado saindo no xixi”, afirma ele. “Na semana seguinte, tive que voltar ao pronto socorro porque a minha E. coli parecia resistente aos antibióticos que eu estava tomando”, completa o empresário no texto.
O que pode causar uma infecção no pênis?
Os médicos que atenderam o caso não acreditam que a infecção tenha acontecido pelo uso do bidê. As infecções por E. coli no pênis podem ter razões variadas, mas costumam estar associadas ao sexo anal desprotegido, o que facilita a chegada de partículas de fezes ao interior da uretra. A higiene adequada do pênis e o uso de preservativo são as melhores maneiras de evitar infecções deste tipo.
Segundo o urologista Mário Chammas, de Brasília, a presença de sangue na urina, como relatou Hart, deve ser sempre um sinal de preocupação, mas não é necessariamente um indicativo de que o quadro da infecção é grave.
“A presença de sangue, não só na urina, mas também no sêmen, é um dos principais sintomas sinalizadores de infecções no pênis. A dor durante relações sexuais ou a ardência ao urinar também são comuns, mas elas costumam se resolver assim que se dá início ao tratamento com antibióticos e só passa a ser preocupante se essa inflamação sair da uretra e afetar outras partes do sistema reprodutor, como os testículos”, tranquiliza Chammas.
As infecções no pênis (que podem ser bacterianas ou virais) podem alterar tanto a cor quanto o odor da urina e do sêmen. “Testes específicos devem ser realizados para avaliar se há infecção e qual sua origem para verificar um tratamento específico”, explicou o urologista Ubirajara Barroso, da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em entrevista anterior ao Metrópoles.
No caso de Hart, o empresário conseguiu se curar da infecção após uma semana de tratamento, logo após trocar o antibiótico que estava sendo usado. Os médicos não acreditam que o bidê foi o responsável pela infecção, e o empresário voltou às redes para garantir que não tinha feito sexo anal sem proteção, mas admitiu que não tinha como saber como a infecção começou.