O Tribunal do Júri do Mato Grosso condenou na última semana, em Cáceres, município distante a 217 km de Cuiabá, o réu Adryan Christyan da Silva Soares. A sentença foi proferida a partir das acusações de homicídio duplamente qualificado e organização criminosa.
Adryan cumpre atualmente pena no Acre e deverá ser transferido para o Mato Grosso. De acordo com a denúncia, o réu integra organização criminosa e no dia 2 de março de 2022, junto com outros dois denunciados, matou o policial militar da reserva Abel Cebalho de Souza.
O crime ocorreu em um bar da cidade, no bairro Jardim Aeroporto. Também foram denunciados pelos mesmos crimes Julio Cesar Lages da Silva e Elivelton da Silva Castro.
A vítima, conforme apurado pela polícia, havia comprado o bar há pouco tempo e teria sido morta por engano. Os autos revelam que o antigo titular do estabelecimento, que antecedeu ao PM, era tido pelo comando vermelho como traficante, com comercialização de droga que não era fornecida pela organização e sem pagamento de “taxa”, valor exigido pela facção daqueles que vendem tóxicos de fontes alheias.
“A chefia da organização criminosa, por desconhecer a recente mudança de propriedade do bar denominado “Empório Medina”, “decretou” a execução do seu titular, imaginando que com isso exterminaria um traficante rival”, diz a denúncia.
Durante o julgamento, os jurados acolheram a tese defendida pelo Ministério Público de que o crime de homicídio foi cometido por motivo torpe e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. Consta na denúncia, que o PM da reserva foi surpreendido e atingido por disparo de arma de fogo a curta distância, enquanto pretendia servir refrigerante ao executor. Os outros dois réus ainda não foram submetidos a júri.
As informações foram divulgadas pelo site oficial do Ministério Público do Estado do Mato Grosso.