Acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, o presidente deu início ao círio fluvial por volta das 9h e realizou o ato litúrgico de colocar a imagem da padroeira em nicho de vidro do barco principal da romaria, que pertence à Marinha do Brasil.
Cerca de 400 embarcações integram a procissão, que percorre cerca de 18 quilômetros pela Baía do Guajará.
Mais tarde, o presidente participará de outro evento do Círio de Nazaré. Está marcada para às 21h30 a cerimônia de passagem da imagem da padroeira na Transladação, considerada uma das principais procissões do Círio.
A tradição de 231 anos tem símbolos importantes: o manto, as cordas, a berlinda e a imagem. Até o dia propriamente dito da festa, 13 de outubro, a santa peregrina terá percorrido comunidades, hospitais, instituições públicas e privadas e participado de pelo menos 14 romarias (procissões) – traslado dos carros, Ananindeua-Marituba, rodoviária, fluvial, motorromaria, trasladação, das crianças, ciclorromaria, da juventude, dos corredores, da festa, do Recírio e a mais nova incorporada à celebração no ano passado, a da acessibilidade.
O evento é tão importante culturalmente para todo o estado que foi registrado, em 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como patrimônio cultural de natureza imaterial.
Este ano, em especial, Belém vive um momento frenético de obras em função da preparação para a COP30, a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para novembro de 2025.
Para além das negociações climáticas, a conferência traz a expectativa de aumento no volume de turistas até o próximo ano, com a crescente demanda pelos serviços de hospedagem e alimentação.
Só no primeiro semestre deste ano, o Ministério do Turismo registrou um aumento de 74% de novos cadastros de empreendimentos turísticos na cidade em comparação com o segundo semestre do ano passado.
Em 2023, o Pará fechou o ano com injeção de R$ 750 milhões em receitas vindas do turismo na economia, uma alta de 13% na comparação com 2022.