Michelle Melo denuncia impunidade em casos de violência contra mulheres e propõe lei

Segundo a deputada, é necessário assegurar que o ambiente de trabalho no serviço público seja livre de assediadores e agressores

Em discurso na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta terça-feira (29), a deputada Michelle Melo (PDT) criticou a falta de ação do sistema de segurança e justiça do Acre em casos de violência contra mulheres. Segundo a parlamentar, a impunidade continua favorecendo agressores, deixando as mulheres vulneráveis até mesmo dentro de suas próprias casas.

“É inaceitável que uma mulher, vítima de uma violência brutal em seu lar, precise recorrer às redes sociais porque não encontra respaldo na justiça ou na segurança pública”, declarou.

Segundo a deputada, é necessário assegurar que o ambiente de trabalho no serviço público seja livre de assediadores e agressores/Foto: Ascom

Michelle enfatizou que o Acre é um dos estados com maior número de casos de violência contra mulheres, incluindo violência doméstica, estupro e feminicídios, e que o sistema continua falhando em oferecer proteção. “Nossas mulheres continuam sofrendo agressões e violências das formas mais bárbaras, e ainda convivem com a insegurança de saber que seus agressores estão livres. É uma realidade que depõe contra o nosso estado”, afirmou.

A parlamentar que é defensora da proteção das mulheres e seus direitos, anunciou um projeto de lei que impede a nomeação de agressores para cargos públicos, ampliando o alcance da atual legislação estadual para incluir também crimes contra a dignidade sexual. Segundo a deputada, é necessário assegurar que o ambiente de trabalho no serviço público seja livre de assediadores e agressores. “Precisamos de espaços seguros para que as mulheres possam exercer suas funções sem temer seus colegas de trabalho e que esses sejam de fato punidos por suas condutas “, disse.

A deputada encerrou seu pronunciamento com um apelo para que políticas públicas de proteção sejam efetivamente executadas, destacando o excelente trabalho da Patrulha Maria da Penha, mas apontando que é preciso mais efetivo e engajamento. “É impressionante a falta de empatia de alguns executores de políticas públicas para com as mulheres”, concluiu Michelle, reforçando seu compromisso com a segurança e a dignidade das mulheres acreanas.

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