O prefeito Tião Bocalom e o vice-prefeito eleito Alysson Bestene vão precisar entrar em consenso sobre quem será o candidato da Prefeitura na disputa pela presidência da Câmara Municipal de Rio Branco.
Acontece que há pelo menos quatro candidatos da base de olho no cargo e querem a cadeira de presidente da Mesa Diretora do próximo biênio. São três do partido do prefeito – o PL e o um do partido de Alysson – o Progressistas.
Do lado PL, Bocalom tem o atual presidente da Casa, o vereador Raimundo Neném, que quer continuar mais 2 anos sentado na cadeira da presidência. Além disso, também estão de olho no cargo: Antônio Moraes, vereador reeleito e Joabe Lira, esse do União Brasil, apontado como pupilo do prefeito Tião Bocalom.
Já na ala de Alysson, há o primo dele, Samir Bestene, o segundo mais votado das eleições deste ano em Rio Branco. O peso do sobrenome pode ser um fator crucial para a decisão.
Seja qual for o nome escolhido, Bocalom e Alysson vão precisar mostrar, pela primeira vez, como devem lidar com questões políticas internas envolvendo a sua base na Câmara Municipal. Um passo em falso, pode criar um racha desnecessário na gestão.
O nome da oposição
O atual 1º secretário da Mesa Diretora, Fábio Araújo, do MDB, é o nome da oposição na disputa pela presidência da Casa. Embora tenha crescido, a Oposição – agora com 5 vereadores -, não deve ter força para concorrer de frente com o candidato escolhido por Bocalom e Alysson.
O ideal seria …
Um nome que pode resolver toda a situação é Elzinha Mendonça. Ainda sem definição se deverá ou não seguir na Oposição de Bocalom na Casa, mesmo estando no Progressistas, colocá-la na presidência da Câmara agradaria o partido de Alysson e beneficiaria Bocalom, que não teria mais uma parlamentar tão atuando no bloco de oposição à sua gestão.
Além disso, quebraria um tabu de anos. Elzinha seria a primeira mulher a presidir a Câmara Municipal de Rio Branco.
Não estão de fora
Derrotados nas urnas, o líder do prefeito na Câmara, João Marcos Luz, não vai ficar desamparado por Bocalom. Boatos dizem que ele deve assumir mais uma vez a presidência do BRTtrans, cargo que ocupou durante 2021/2022.
Quem também deve retornar ao cargo é Sheila Andrade, ex-secretária de Saúde e que apesar de não ter sido eleita, recebeu mais de 2 mil votos nas eleições.
No lado do Governo, Gabriela Câmara também pode retornar ao cargo de presidente do ITERACRE, principalmente pelo trabalho feito quando esteve no posto. Conseguiu emitir mais de 11 mil títulos definitivos no Acre, um número jamais visto na história do órgão. Além disso, ela tem o apoio do líder do Governo na Aleac, deputado Manoel Moraes, seu sogro. Ele deve articular o retorno da nora ao cargo.