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Pimenta: oposição cresce, mas Bocalom ainda terá 70% dos vereadores de Rio Branco na sua base

Por Matheus Mello, ContilNet

Nos últimos anos, a dupla Elzinha Mendonça e Fábio Araújo era o pequeno bloco da Oposição ao prefeito Tião Bocalom na Câmara de Rio Branco. A oposição não chegou a ser nem 20% da composição do parlamentar.

Bocalom na Câmara Municipal de Rio Branco/Foto: Reprodução

Com o resultado das eleições municipais deste ano, o bloco da Oposição ganhou novos rostos e pulou de apenas 2 para 5. Os parlamentares que serão a ‘pedra no sapato’ de Bocalom, levando em consideração seus partidos e o apoio declarado à candidatura de Marcus Alexandre são: Fábio Araújo (MDB – reeleito), Zé Lopes (Republicanos), André Kamai (PT), Eber Machado (MDB) e Neném Almeida (MDB).

Ou seja, com 21 parlamentares na Casa, Bocalom tem pelo menos o apoio de 15. Isso representa mais de 70% dos vereadores da Câmara de Rio Branco. O prefeito terá o parlamento ‘na mão’.

Incógnita

Bocalom pode ter até 16 vereadores na sua base. Isso se a vereadora reeleita Elzinha Mendonça decidir migrar para o seu grupo de apoio. Apesar dela ter sido nos últimos anos a principal crítica da gestão do prefeito, ela deixou o PSB para concorrer à reeleição pelo Progressistas, partido do vice-prefeito eleito Alysson Bestene, que compõe a base de sustentação de Bocalom.

Elzinha Mendonça, do Progressistas/Foto: Reprodução

Mais de 41 mil votos

Ainda sobre o Progressistas, o partido saiu como o protagonista dessas eleições. Foi o líder em votação na disputa pelas cadeiras da Câmara de Rio Branco. O partido elegeu 6 vereadores. A maior bancada. Foram mais de 41 mil votos. Mérito da deputada Socorro Neri, que antes de deixar a presidência do PP na capital, articulou e montou a chapa mais concorrida das eleições de Rio Branco. Outros nomes que contribuíram com esse fortalecimento do partido foram a vice-governadora Mailza Assis e Lívio Veras, um dos cabeças do PP.

Para se ter uma ideia, o Progressistas conseguiu ter mais da metade de votos da 2ª chapa mais votada – a do PL, partido do prefeito Tião Bocalom -, que teve 26 mil votos e elegeu 3 parlamentares.

A salvação

A atual legislatura foi considerada por muitos fraca, sem protagonistas e um ‘puxadinho da prefeitura’. Prova disso foi a renovação gigantesca resultado das urnas: mais de 60%. Apenas 7 parlamentares foram reeleitos. Agora, com uma oposição um pouco mais ‘robusta’, talvez tenhamos um debate mais intenso na próxima legislatura.

O destaque deverá ser o vereador do PT, André Kamai, um sociólogo e professor que vai deixar o debate no parlamento mais interessante. A nova legislatura também terá dois ex-deputados, Eber Machado e Neném Almeida, do MDB. Os dois têm experiência no parlamento e na Aleac, mostraram um trabalho coeso.

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