Neste domingo, 27 de outubro, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), conquistou a reeleição, superando o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno, conforme projeções do Datafolha baseadas na apuração parcial dos votos.
Aos 56 anos, Nunes teve o apoio fundamental do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro durante o governo de Jair Bolsonaro. Apesar do apoio, Bolsonaro hesitou em relação à candidatura de Nunes no início do processo eleitoral.
Boulos, por sua vez, contava com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e sua vice-candidata era a ex-prefeita Marta Suplicy. Ambos chegaram ao segundo turno após uma das eleições mais acirradas da história da prefeitura de São Paulo. No primeiro turno, Nunes obteve 29,48% dos votos, enquanto Boulos ficou com 29,07%, e Pablo Marçal (PRTB) recebeu 28,14%.
Ricardo Nunes, que já havia sido vice-prefeito e assumiu a prefeitura após o falecimento de Bruno Covas, é um político experiente, tendo atuado como vereador por dois mandatos.
O dia da votação foi marcado por uma polêmica declaração do governador, que, sem apresentar evidências, afirmou que membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam instruído apoiadores a votarem em Boulos. Essa afirmação foi feita em uma coletiva de imprensa ao lado de Nunes.
Em resposta, Boulos reagiu com indignação e registrou uma ação na Justiça Eleitoral paulista, acusando o governador e Nunes de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação. Essa ação judicial pode resultar na inelegibilidade dos envolvidos. Além disso, Boulos também protocolou uma notícia-crime no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Tarcísio de Freitas.