O sistema defensivo do Santos tem sido um problema para o técnico Fábio Carille. Nas últimas três rodadas da Série B, o Peixe sofreu oito gols e foi derrotado em três oportunidades. Com os resultados, a equipe da Vila Belmiro corre o risco de perder a liderança da competição caso Novorizontino vença o Mirassol no fim de semana.
Os números são atípicos para a temporada santista e ligam um sinal de alerta na comissão técnica.
A título de comparação, ao fim do mês de setembro, o Peixe tinha a melhor defesa de toda a Série B com uma média de 0,68 gols sofridos por partida. Duas semanas e três jogos depois, o Santos possui a sétima defesa da competição com uma média de 0,88 gols por jogo.
O período foi marcado por mudanças táticas, como a saída de Jair Cunha para a entrada de Luan Peres, e suspensões que obrigaram Carille a mexer no sistema defensivo. Na última quarta-feira, por exemplo, Jair voltou ao time na vaga de Gil, e Souza ocupou o lugar de Escobar.
Além das alterações, os confrontos com Goiás, Mirassol e Chapecoense foram marcados por falhas coletivas e individuais. O goleiro Gabriel Brazão, que havia falhado em Goiânia, voltou a errar em Chapecó. Além dele, o meia Giuliano, em um momento de desatenção, criou a oportunidade perfeita para a Chapecoense matar o jogo na Arena Condá.
– Claro que existiram erros para que o adversário pudesse fazer o gol. Tínhamos alertado, trabalhado e mostrado. Resultado ruim para questões de título – explicou Carille, visivelmente incomodado com o rendimento de sua equipe.
Restam seis jogos para o Santos na Série B. Apesar da derrota em Santa Catarina, o Peixe está bem posicionado na briga pela vaga à elite do futebol nacional no ano que vem, mas vê as possibilidades de ficar com o título da Segundona entrarem em xeque.
O Santos volta a campo na terça-feira, contra o Ceará, às 19h, na Vila Viva Sorte.