Após projeto de chapa única naufragar, os candidatos à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB) votaram na manhã deste domingo em busca de um lugar no segundo turno. Datena disse que não vai apoiar ninguém no segundo turno e Tabata acredita que as urnas ‘vão surpreender. Na pesquisa do Datafolha divulgada ontem, Tabata Amaral tem 11% da sintenções de voto e Datena apareceu com 4%. Pelo levantamento da Quaest, eles têm 10% e 4%, respectivamente.
Questionado se faria algo diferente ao longo da campanha, Datena disse, sorrindo, que o arrependimento foi “levar a campanha até o fim”. O jornalista reiterou que não vai apoiar ninguém no segundo turno e vai terminar o dia acompanhando a votação no diretório municipal do PSDB.Ele votou no Colégio Santo Américo, no Jardim Colombo, na zona oeste de São Paulo.
O apresentador também questionou as atitudes do adversário Pablo Marçal, repetindo que acha injusto que ele tenha sido obrigado a se afastar da televisão enquanto o empresário ficou com as redes sociais, relembrou a cadeirada e fez uma análise da trajetória até aqui.
Foto: Guilherme Queiroz/Nicolas Iory/O Globo
—Eu acredito que foi uma campanha dentro de uma perspectiva de remontagem do PSDB, que passa por uma fase difícil, mas tem nome, tem história, e vai voltar a ser o PSDB que sempre foi — disse Datena.
O jornalista também afirma que vai retornar para a televisão após o pleito mas, antes, vai tirar alguns dias de folga.
— Eu saio de férias 20 dias, porque acho que não seria ético com o segundo turno rolando sair das eleições e voltar direto para a televisão — disse o candidato.
Tabata fala em orgulho e gratidão
Tabata Amaral falou em “orgulho” e “gratidão” depois de votar na Escola Municipal Professor Mário Schenber, na Vila Missionária, Zona Sul da cidade.. Disse ter confiança de que “as urnas vão surpreender” e prometeu “continuar lutando” qualquer que seja o resultado da eleição.
— Independente do que aconteça, e eu realmente acho que as urnas vão surpreender, vocês vão me ver aqui lutando e brigando todos os dias, independente de qualquer resultado eleitoral — afirmou a candidata, que chorou ao falar dos problemas de seu bairro, a Vila Missionária.
Tabata disse que seus adversários tentaram “desviar a atenção” dos eleitores “daquilo que importa” para a cidade. A deputada federal afirmou que seu desafio foi maior por ser mulher e por não ter o apoio de “máquinas partidárias” e os mesmos recursos de outros candidatos.
— Fizeram tudo o que podiam para tirar o foco, para que a gente não desse atenção aos problemas de São Paulo. Para que a gente, enquanto sociedade, ficasse vendo esse circo que tentaram armar e esquecessem que São Paulo pode e merece muito mais — disse.
O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, correligionário de Tabata e que a acompanhou no voto, disse que esta eleição terá “recorde de votos anulados”, projetando que o adversário Pablo Marçal (PRTB) terá sua candidatura cassada.
