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Bebê indígena engole bateria de brinquedo e vai parar no hospital: “Várias lesões graves”

Por Vitor Paiva, ContilNet

Uma bebê indígena de um ano da etnia Ashaninka foi levado de Marechal Thaumaturgo a Cruzeiro do Sul, dois dias após engolir um pedaço de brinquedo. O cirurgião geral Marlon Holanda, que atua em Cruzeiro do Sul, se manifestou acerca do caso, no domingo (17) por meio das redes sociais e deixou um alerta aos pais.

A bateria deveria ter sido removida em no máximo duas horas, mas passou dois dias no corpo do bebê/Foto: Reprodução

“A mãe não queria vir, por não falar direito português, mas a convenceram e ela veio. Foi realizada uma radiografia e foi identificado que era uma bateria, que é algo muito perigoso”, disse.

A bateria deveria ter sido removida em até duas horas após a ingestão, já que ela pode se romper e soltar diversos elementos químicos no interior do corpo, podendo causar lesões na mucosa do esôfago.

“Nós retiramos no domingo pela manhã. Tinham várias lesões graves na mucosa do esôfago, mas ainda não tinha perfuração”, conta o médico.

A paciente deverá ser transferida para a capital do estado e manter o acompanhamento com uma cirurgiã pediátrica. 

“Agora, será realizada uma tomografia para avaliar maiores riscos de perfuração do esôfago”, explicou.

O médico faz ainda alerta aos pais, sobre os perigos envolvidos em situações como esta.

“Por isso, aconselho aos pais que não deixem brinquedos pequenos próximos às crianças, a não dar brinquedos pequenos caso eles tenham uma bateria ou pilha, porque são os de maiores riscos; em caso de suspeita de ingestão, com a criança com dificuldade de respirar, a indicação é encaminhá-la ao centro de saúde mais próximo o mais rápido possível”.

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