Declaração final do G20 aborda mudanças climáticas, guerras e taxação de super-ricos

Líderes mundiais se reúnem no Rio de Janeiro; Brasil lançou Aliança Global Contra Fome e a Pobreza

A declaração final da Cúpula de Líderes do G20 foi divulgada nesta segunda-feira (18). No texto, líderes mundiais abordaram desde as mudanças climáticas até guerras e taxação de super-ricos. Leia a íntegra nesta matéria.

A declaração reafirma, por exemplo, o compromisso com o Acordo de Paris, documento que estabelece uma série de ações a serem seguidas pelos países signatários para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa.

Cúpula do G20 acontece na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 18 e 19 de novembro/Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“Nós reafirmamos a meta de temperatura do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura média global para bem abaixo de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e de empreender esforços para limitar o aumento a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria significativamente os riscos e impactos da mudança do clima”, colocam.

O texto destaca que o grupo “toma nota com angústia do imenso sofrimento humano e o impacto adverso de guerras e conflitos ao redor do mundo”.

Ele defende uma solução de dois Estados para o conflito Israel-Palestina e defende um cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas ignorando completamente a existência de reféns ainda mantidos pelo grupo extremista Hamas.

A guerra em Gaza, especificamente, é objeto de um único parágrafo da declaração final. Outros trechos falam sobre conflitos de uma forma geral, reiterando “posições nacionais” e resoluções adotadas no âmbito das Nações Unidas.

Outro ponto relevante no texto é o compromisso com a reforma e ampliação do Conselho de Segurança da ONU. É reivindicada uma composição ampliada do Conselho de Segurança, para melhorar a representação de países da África, da Ásia, do Pacífico e da América Latina e do Caribe.

O comunicado final não trouxe alterações significativas no trecho em que são citadas as iniciativas para a taxação dos super-ricos. Apesar das reclamações da Argentina, as alterações feitas pelos chefes de Estado foram pontuais, e tudo o que os ministros de Finanças aprovaram em reuniões passadas foi mantido.

O texto menciona que “com total respeito à soberania tributária, nós procuraremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados”.

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