Mais de 6,5 milhões de brasileiros tiveram dengue só em 2024. O número é o maior da série histórica de 20 anos do Ministério da Saúde e corresponde quase à população do Maranhão. Apesar de alarmantes, os valores deste ano não refletem todo o cenário endêmico da doença.
Segundo pesquisa divulgada pelo laboratório Takeda — responsável por desenvolver a vacina contra dengue —, 39% da população já teve a doença durante a vida. Os dados foram divulgados dias antes do Dia Nacional de Combate à Dengue, instituído por lei para ser no último sábado de novembro.
A pesquisa mostra que 91% da população considera a doença como “grave”. Além disso, 85% das pessoas conhecem alguém que já contraiu a doença, e quase uma em cada quatro conhece alguém que faleceu por causa dela. Em 2024, mais de sete mil pessoas morreram de dengue, entre os óbitos confirmados e ainda em investigação pelo ministério.
Sobre a vacina da dengue, 88% afirmam que o imunizante é uma forma efetiva para a prevenção contra a doença, e 76% consideram como importante que ela esteja disponível de forma gratuita. O SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza a vacina para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
São Paulo é a unidade da federação com mais mortes registradas em 2024, com 1.920, seguido por Minas Gerais (1.099), Paraná (732), Distrito Federal (440) e Goiás (408). Somados, os quatro estados e o DF acumulam 78% do total de óbitos.
O Distrito Federal é a unidade da federação com maior taxa de incidência de casos prováveis, com 9.850,9 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás aparecem em seguida, somando 77% do número absoluto de casos.
A faixa etária que mais registra casos de dengue é de 20 a 29 anos, com 1,2 milhão de casos, o que representa quase um em cada cinco casos. Na separação por gênero, as mulheres são a maioria a contrair a doença (55%)