As denúncias de invasão à Terra Indígena Rio Gregório, localizada no município de Tarauacá, no interior do Acre, por uma organização criminosa, já chegaram ao Congresso Nacional.
SAIBA MAIS: Cacique denuncia invasão de facções em terra indígena: “Estão abusando de mulheres e crianças”
A deputada federal Socorro Neri (PP), em parceria com a colega de bancada Célia Xakriabá (PSOL/MG), pediu o apoio da Força Nacional nas operações de proteção aos indígenas que enfrentam um série de abusos e violência. Mulheres e crianças estão entre as principais vítimas.
O ofício também foi enviado à Presidência da República, à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e aos ministérios dos Povos Indígenas e de Justiça e Segurança Pública.
O Governo do Acre anunciou nesta quarta-feira (28) que realiza uma operação em conjunto com a Polícia Federal, por meio das forças de segurança do Estado.
O alerta foi dado por Biraci Junior Yawanawa, cacique da etnia Yawanawa, que expressou sua preocupação com a gravidade da situação.
Ele destacou que, aparentemente, os criminosos seriam foragidos da Penitenciária de Rio Branco. As autoridades policiais de Tarauacá foram notificadas sobre a situação, mas a comunidade indígena pediu urgência no deslocamento de equipes de segurança para evitar um confronto armado, já que os invasores estão fortemente armados.
LEIA: Governo anuncia operação para conter facção que teria invadido aldeia e executado mulher e criança
As denúncias indicam que as mulheres Katukinas estão sendo abusadas e crianças estariam sendo espancadas, enquanto homens indígenas desarmados estão sendo feitos reféns pelos criminosos. A situação é descrita como crítica, com moradores da aldeia temendo pela segurança e pela integridade física dos membros da comunidade.
Governo desmente denúncias
Em nota, o Governo divulgou o resultado da operação e afirmou que ao chegarem ao local e conversarem com indígenas e lideranças, constataram que a denúncia não procedia e que não foi verificado nenhum ataque externo à aldeia.
“Com aparato prontamente montado para atender a denúncia, equipes compostas por policiais federais, militares e civis, além de guarnições do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), ao chegarem ao local e conversarem com indígenas e lideranças, constataram que a denúncia não procedia e que não foi verificado nenhum ataque externo à aldeia”, disse.