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Detentas fazem bandeira do Acre à mão em projeto que usa costura como ressocialização

Por Vitor Paiva, ContilNet

O Projeto Costurando a Liberdade, iniciado em 2023 pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em conjunto com o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec) , já alcança 41 mulheres que se encontram privadas de liberdade.

As detentas confeccionaram uma bandeira do estado durante as aulas/Foto: Felipe Freire/Secom

O grupo que integra o curso aprende a customizar e descaracterizar roupas falsificadas apreendidas pela Receita Federal, que são doadas ao Ministério Público do Acre, que por sua vez cede o material ao Iapen, para a realização do projeto.

J.F.N. é uma das detentas que fez o curso e já participa da Sala de Produção e Costura da instituição há cerca de três anos e fala sobre o impacto que cursos como este tiveram em sua vida.

“Depois que comecei a trabalhar aqui, tive outra perspectiva de vida, porque, quando cheguei, só enxergava o mundo em que eu vivia errado, o mundo do crime (…) Eu pretendo levar isso lá pra fora, pra poder dar dignidade pra minha vida, pros meus filhos; é uma oportunidade muito importante pra quem quer mudar de vida”

A coordenadora da unidade de costura, Evanilza Lopes, falou sobre o trabalho realizado dentro da instituição e afirmou ser recompensador a atuação com as mulheres privadas de liberdade.

“Tem mulheres aqui que já estão próximas de sair e que a família já comprou até máquina de costura pra elas, que pretendem ser costureiras lá fora. É muito gratificante a gente ensinar, ver elas progredindo e sonhando com uma mudança na vida”, conta.

A sala de costura trabalha em parceria com empresas que fazem a solicitação de serviços como produção de lençóis, roupas, outros acessórios e até mesmo as roupas utilizadas pelas detentas.

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