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“Clonou o telefone dela”: mãe de acreana que morreu queimada pelo ex revela detalhes da relação dos dois

Por Redação ContilNet

Rosicléia Magalhães, mãe da jovem Juliana Valdivino da Silva, que há 2 meses foi vítima de feminicídio aos 18 anos pelo ex-namorado Djavanderson de Oliveira Araújo, deu uma nova entrevista ao jornal Primeira Página e compartilhou a dor que tem sentido, além do sentimento de justiça. O crime aconteceu em Paranatinga, a 411 km de Cuiabá e Juliana era natural do Acre.

Ao jornal do Mato Grosso, a mãe relembrou os sonhos que a filha tinha. “Minha filha era feliz, contagiava todos com seu jeito de ser, amava animais e tinha sonhos incríveis, entre eles de se formar em medicina veterinária. Sempre se esforçou por suas conquistas. Sou professora e alerto meus alunos principalmente meninas: ‘cuidado, não se deixe levar pelo pedidos de perdão, com o eu te amo falso’”, conta Rosicléia ao Primeira Página.

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Juliana morreu no hospital nesta quarta-feira/Foto: Reprodução

Fim do relacionamento

A mãe de Juliana também disse que eles namoravam há 3 anos e que o relacionamento tinha chegado ao fim há cerca de 3 meses. A família da jovem mora no município de Porto Acre, no interior do Acre, e os dois teriam se conhecido na escola. Ao jornal, Rosicléia falou sobre o ciúmes que Djavanderson tinha com a jovem.

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“Eu queria afastar a Juliana dele, e tirei minha filha do Acre e enviei a Mato Grosso para manter distância. Ele nunca a tratou mal na minha frente, e ela também nunca reclamou de nada. Ela dizia que ele sempre a tratou muito bem, com muito carinho. O que existia da parte dele era muito ciúmes. Ele falava: ‘eu tenho que ter ciúmes, porque ela é muito linda. Tenho que cuidar’. Então era um ciúme doentio”, disse a mãe ao jornal Primeira Página.

A mãe da jovem lembrou ainda que Djavanderson trabalhava como técnico de celular e teria conhecimento de aplicativos de espionagem. Rosicléia suspeita que o ex-companheiro teria clonado o celular da vítima, segundo o jornal.

“Ela não queria mais o relacionamento. No começo da manhã do dia do crime, ela me ligou dizendo que não estava mais dando para ficar em Paranatinga porque o Djavanderson estava ‘perturbando’. Ela me disse que ia pedir uma medida protetiva, e eu falei para ela: pega a medida protetiva, mas também saia daí. Pode vir embora para o Acre” disse.

A investigação foi conduzida pela Delegacia de Paranatinga com apoio da Delegacia Especializada de Mulher de Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, ao ser informado sobre a prisão, Djavanderson não manifestou nenhum arrependimento do crime. Djavanderson foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado em feminicídio, violência psicológica e perseguição.

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