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Empresário acusado de agredir miss optou pelo silêncio, e advogada condena ‘julgamento público’

Por Douglas Richer, ContilNet

O caso de agressão contra a Miss Universo Rio Branco 2023, Guilheny Abramoski, de 22 anos, gerou grande repercussão desde sua revelação no dia 19 de novembro pela coluna Douglas Richer, do ContilNet. A denúncia foi feita pela modelo no dia 18, alegando ter sofrido agressões físicas e psicológicas por parte de seu então companheiro, o empresário e atirador Nasser Chami.

Nasser Chami se recusa a falar sobre acusação de agressão/Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (29), a coluna entrou em contato com a defesa de Nasser, que informou que ele não responderá a questionamentos da imprensa neste momento. “Ele não irá responder”, afirmou Larissa Bezerra Chaves, advogada do empresário.

Em declarações exclusivas à coluna, Larissa criticou o que chamou de “sentença midiática” e a exposição de casos policiais e judiciais na mídia. Segundo ela, esses processos são muitas vezes tratados de forma irresponsável, ignorando possíveis impactos pessoais e sociais.

“Sempre vou achar um absurdo a sentença midiática e a forma como alguns casos policiais e judiciais são expostos pelos jornais e meios de comunicação, sem cuidado e sem pensar nas consequências”, declarou.

Em declarações exclusivas à coluna, Larissa criticou o que chamou de “sentença midiática” e a exposição de casos policiais e judiciais na mídia/Foto cedida a coluna Douglas Richer


A advogada ressaltou que o sigilo processual está sendo respeitado e defendeu o direito ao silêncio do empresário. Larissa também mencionou que Nasser enfrenta problemas pessoais delicados, incluindo uma condição de saúde não revelada publicamente, e afirmou que essas circunstâncias deveriam ser consideradas na cobertura do caso.

“Por trás desses julgamentos, há uma pessoa que nunca expôs sua doença, nem mesmo para amigos íntimos, e que tem um familiar passando por tratamento de saúde. Quando o resultado [jurídico] deste caso surgir, a mídia provavelmente não terá o mesmo interesse para ajudar a reparar as consequências”, completou.

Nasser Chami, acusado de agredir a Miss Universo Rio Branco 2023, está sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica e tem uma série de restrições impostas pela Justiça. Ele está proibido de se aproximar a menos de 200 metros de Guilheny Abramoski, a denunciante, e não pode frequentar bares ou casas noturnas. Além disso, suas armas, que eram utilizadas para a prática de esportes, foram apreendidas. O empresário também deverá comparecer semanalmente à Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP) para participar de grupos de reabilitação voltados a autores de violência doméstica.

Enquanto isso, Guilheny está sendo acompanhada pela Patrulha Maria da Penha, que oferece apoio a mulheres vítimas de violência, e pela Casa Rosa Mulher, um centro de apoio especializado que auxilia mulheres em situações de risco.

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