Falta de combustível faz município do Acre sofrer com ausência de limpeza e ônibus escolar

De acordo com o prefeito do município, a liberação da estrada entre Porto Walter e Rodrigues Alves solucionaria o problema

Os problemas enfrentados em Porto Walter devido a falta de combustível continuam se agravando. Com preços abusivos para gasolina, que gira em torno de R$9,25 e R$9,50 o litro, racionamento e a total falta de óleo diesel S 10, agora a população do município também precisa encarar o comprometimento de serviços públicos.

Município do interior sofre com a falta de combustível/Foto: Reprodução

Dentre os ônibus escolares, três deles não estão atuando, com os outros dois funcionando em escalas de revezamento. Além disso, a limpeza pública não está sendo realizada, tendo sido suspensa.

A falta de combustíveis se dá por problemas estruturais no Porto do Governo, em Cruzeiro do Sul, que não comporta mais o transporte de combustíveis.

O Departamento de Estradas de Rodagem Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre) tem o intuito de continuar a gestão do espaço junto à iniciativa privada, que também faz uso do espaço, entretanto os empresários do local afirma que o poder público deve gerenciar o local em sua totalidade.

O prefeito do município, César Andrade, pede que a estrada ligando Porto Walter a Rodrigues Alves seja liberada, o que solucionaria o problema enfrentado atualmente.

Nossos ônibus da SEMEC estão em revezamento operando só com o combustível que tem no tanque. Quando acabar, o serviço será suspenso. Pedimos socorro às autoridades. Essa estrada aberta seria a solução para graves problemas em nosso município. Só quem mora aqui sabe as dificuldades que passamos”, disse ao site ac24horas.

De acordo com documento do Instituto de Meio Ambiente do Acre, a atual estrutura não atende alguns parâmetros e que melhorias que levariam a um melhor funcionamento e segurança dos envolvidos precisam ser feitas.

Além disso, o mesmo documento afirma que existem pendências documentais obrigatórias, como autorizações de órgãos reguladores de portos.

A presidente do Deracre, Sula Ximenes, se pronunciou aos donos de postos de combustível sobre o ocorrido, através de assessoria de imprensa. Confira abaixo.

“Trata-se de atividade passível de licenciamento ambiental de alto grau de risco ao meio ambiente e à saúde humana. O processo de renovação da licença ambiental foi indeferido, visto que precisa de adequações estruturais, projetos de segurança e demais anuências dos órgãos reguladores como ANTAQ, Marinha e Bombeiros, que necessitam de recursos para cumprimento. Considerando que o Deracre não tem a responsabilidade quanto ao transbordo, foi apenas cedido provisoriamente o espaço em caso emergencial de utilidade pública, a mesma é de interesse particular com fins comerciais, que não devem ser realizadas dentro de repartições públicas, sendo de responsabilidade das empresas acima mencionadas e que realizam o transbordo dar continuidade no licenciamento ambiental junto ao Imac e demais órgãos reguladores citados nos ofícios anexos. Informamos que o referido Porto Fluvial, está desativado, realizando apenas pequenas cargas e descargas de alimentos, onde a alagação ocorrida no inverno de 2024, ocasionou erosão avançada e desmoronamento da rampa. O Deracre e o DNIT estão em tratativas para adquirir uma área para ser o novo porto Fluvial do Estado no município de Cruzeiro do Sul, até o momento sem definições. Por fim, cientes que foi dado prazo de 60 dias para regularização, sem resolução, a partir da data de assinatura deste, está suspensa a atividade de Transbordo de Combustíveis, Inflamáveis e produtos perigosos, localizado dentro do Porto Fluvial do Deracre no município de Cruzeiro do Sul”.

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