As polícias civis do estado paulista e do Distrito Federal (PCDF) cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 500 mil. As medidas judiciais afetaram dezenas de contas bancárias.
As medidas judiciais afetaram dezenas de contas bancárias/Foto: Reprodução
Operação GhostRat
A PCDF descobriu que a quadrilha era de São Paulo e fazia ligações para pessoas de todo o Brasil, fingindo ser da central de segurança de bancos.
Após enganarem as vítimas, os criminosos as induziam a acessar sites clonados que tinham exatamente a mesma aparência das páginas oficiais dos bancos. Nesses portais, os denunciantes faziam download de um suposto antivírus, o que, na verdade, era um malware – programa malicioso – denominado GhostRat.
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O software baixado fornecia acesso remoto permanente aos celulares das vítimas, o que permitia aos criminosos ver livremente aplicativos bancários e todo o conteúdo do aparelho, inclusive documentos, registros de conversas, fotos e vídeos.
Com o controle do celular da vítima, os criminosos começaram a efetivar saques e outras transações financeiras. No DF, ao menos 12 ocorrências foram registradas contra o grupo.
O prejuízo estimado pelos investigadores até o momento alcança cerca de R$ 500 mil. Além disso, durante a operação, a polícia encontrou e apreendeu R$ 1 milhão em espécie com os criminosos.
Com as informações obtidas nos computadores e celulares dos criminosos, as apurações vão avançar com foco na localização de outros integrantes do grupo envolvidos nos crimes.
“Recebemos todos os dias dezenas de comunicações de golpes eletrônicos. A população deve redobrar a atenção com os contatos em aplicativos de mensagem e ligações, pois os criminosos conseguem, inclusive, clonar as binas dos telefones”, alertou o delegado da 9ª DP Erick Sallum.
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