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Maior campeã do CBLOL, INTZ fica fora da Conferência Sul

Por Ge

Maior campeã do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL), com cinco títulos, a INTZ não entrou para a Conferência Sul da Liga das Américas. A Riot Games deixou o clube fora da lista de seis selecionados como participantes fixos para o torneio que terá início na temporada 2025.

Yampi, ex-jogador do time de LoL da INTZ, no estúdio da Riot Games em São Paulo no 1º Split do CBLOL 2024 — Foto: Bruno Alvares/Riot Games

Fundada em 2014, a organização chegou ao décimo ano de existência no ponto mais baixo de uma profunda crise, esportiva, administrativa, financeira e de imagem.

Embora tenha terminado o CBLOL como a maior campeã e contado com o “Exodia”, um dos elencos lendários do Brasil, a INTZ não conseguiu fazer com que a sua história pesasse mais do que a crise vivenciada nos últimos anos.

Na era da franquia do CBLOL, iniciada em 2021, a INTZ teve péssimos desempenhos. Nas oito edições realizadas até 2024, a equipe só passou para os playoffs em uma delas. Nas demais, amargou as últimas colocações, com performances pífias.

Antes casa de nomes de peso do cenário brasileiro, a INTZ passou a montar elencos pouco competitivos e sem apelo midiático. Não só por causa do orçamento reduzido, mas também pela enorme antipatia que conquistou, mesmo nos tempos de glória, perante os jogadores. Decisões administrativas e polêmicas queimaram a imagem da organização. Houve casos de profissionais que se recusaram a jogar pelo clube.

A INTZ viveu o auge com o badalado elenco formado por Felipe “Yang” (topo), Gabriel “Revolta” (caçador), Gabriel “tockers” (meio), Micael “micaO” (atirador) e Luan “Jockster” (suporte).

O quinteto, conhecido como Exodia, conquistou três títulos de CBLOL (1º Split de 2015 e os dois splits de 2016) e até pouco tempo atrás era considerado o melhor time da história brasileira, sendo recentemente superado pela LOUD que obteve o inédito tetracampeonato consecutivo.

Depois da era de ouro, a INTZ voltou a vencer no 1º Split de 2019 e no 2º Split de 2020, o último antes da adoção do modelo de franquia.

Se naquela época a INTZ era nome certo dentre os dez clubes selecionados para a reformulação do cenário nacional, desta vez nem mesmo os cinco títulos foram suficientes para colocar a equipe entre os seis escolhidos para a Conferência Sul.

Outrora presente em dezenas de modalidades, atualmente a INTZ competia só no LoL, muito longe do destaque de antes, e no Counter-Strike, em uma parceria com outra equipe.

Há meses sem qualquer patrocínio, a INTZ passa por enormes dificuldades financeiras, com atraso de salários a jogadores e outros funcionários que chegou a quatro meses.

Muito criticado, o cofundador que tocou os negócios da INTZ desde o início, Lucas Almeida, deixou o cargo de CEO, em maio deste ano, em uma tentativa de revitalizar o comando da organização.

Sem o circuito principal do LoL, carro-chefe da organização desde a fundação, a INTZ tem perspectivas nebulosas para o futuro. Ao longo das últimas semanas, a empresa se despediu de contratados na modalidade, inclusive de figuras importantes para os Intrépidos na história recente, como o treinador Franklin “Aoshi” e o caçador Yan “Yampi”.

Em comunicado, a INTZ se pronunciou sobre a não aceitação na Conferência e a classificou como “uma das notícias mais difíceis desde a fundação da organização”.

Na nota, o clube disse acreditar plenamente que a proposta apresentada à Riot “atendia os requisitos estabelecidos, incluindo os aspectos financeiros, que foram ajustados a tempo da aplicação” e que, por isso, recebeu a informação com “surpresa e pesar”.

— Diante dessa nova realidade, a organização agora se encontra em um processo de avaliação sobre os caminhos que se desenham e as possibilidades para o futuro. O próximo passo da INTZ será cuidadosamente estudado para honrar a história e o legado construídos.

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