Médica pediu para marido comprar açaí e mandou criminosos tirarem sua vida

Cirurgiã plástica é acusada de arquitetar emboscada que resultou na morte do advogado José Lael Rodrigues; investigação revela detalhes do crime em Aracaju

A Polícia de Sergipe trouxe à tona detalhes chocantes sobre o assassinato do advogado José Lael Rodrigues, ocorrido em 18 de outubro, no Bairro Treze de Julho, em Aracaju. A cirurgiã plástica Daniele Barreto foi indiciada como a principal responsável pelo crime, com evidências indicando que ela avisou os assassinos sobre a saída da vítima de casa.

José Lael Rodrigues e Daniele Barreto, cirurgiã plástica acusada de planejar a emboscada que resultou na morte do advogado em Aracaju/Foto: Reprodução

Segundo as investigações, Daniele orquestrou a emboscada com a ajuda de uma amiga e de sua secretária. Na manhã do crime, ela pediu para que José Lael fosse a uma lanchonete comprar açaí, momento em que dois homens em uma moto o seguiram e dispararam contra ele. O advogado estava acompanhado de seu filho, Guilherme Campos Bourbon Rodrigues, que, apesar de ter sido ferido, conseguiu dirigir até o hospital. Infelizmente, José Lael não sobreviveu.

A polícia descartou a hipótese de envolvimento do crime organizado após analisar imagens de câmeras de segurança que mostraram um veículo Polo estacionado em frente à residência da vítima. As gravações revelaram o momento em que o advogado e seu filho saíram para comprar açaí, e Daniele, em contato com sua amiga e secretária, deu sinal verde para os executores.

As investigações indicam que o carro utilizado no crime foi alugado dias antes da execução. As duas mulheres foram identificadas nas gravações, recebendo os assassinos e saindo juntas do veículo.

O assassinato de José Lael Rodrigues não é um caso isolado, mas parte de um histórico conturbado entre o casal. As motivações por trás do crime ainda estão sendo investigadas, mas as ações de Daniele, ao arquitetar a morte do marido, levantam questões sobre desavenças pessoais que podem ter culminado em um ato tão extremo.

As três envolvidas no crime foram indiciadas e presas na terça-feira, 12 de novembro. A repercussão do caso tem gerado grande comoção na opinião pública, que se pergunta como alguém pode planejar a morte de um ente querido.

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