Morre motorista atingido por disparo durante ataque no aeroporto de Guarulhos

Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, deixa esposa e três filhos

O motorista de aplicativo ferido durante a execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, morreu neste sábado (9).

Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi atingido por um tiro de fuzil nas costas e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Guarulhos.

Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, morto após ser atingido por tiro de fuzil no aeroporto de Guarulhos/Foto: Reprodução/Instagram

Segundo um colega próximo à vítima, Celso havia acabado de finalizar uma corrida no aeroporto e deixava o terminal, quando foi atingido.

O corpo de Sampaio foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) Guarulhos e, segundo apurou a CNN, aguarda a retirada por familiares.

A comunicação do óbito foi registrada no 7º DP da cidade, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

O velório e sepultamento estão previstos para acontecer ainda neste domingo (10), no Cemitério da Vila Rio em Guarulhos.

Além de Sampaio, outras duas pessoas foram atingidas: um homem, de 39 anos, que também foi internado no Hospital Geral de Guarulhos, e uma mulher, de 28 anos, que recebeu atendimento médico e foi liberada em seguida – ela foi ouvida pelos policiais no local.

Foram ao menos 27 disparos efetuados por dois criminosos, segundo informações da perícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana (DHPP) da Polícia Civil, que investiga o caso.

Celso Araujo

Celso trabalhava como motorista de aplicativo na cidade de Guarulhos, atuando principalmente no aeroporto.

De acordo com pessoas próximas, a vítima perdeu um rim e metade do fígado devido ao ferimento causado por disparo de fuzil. O paciente chegou a ficar intubado e perdeu muito sangue antes de ter o óbito confirmado.

Ainda segundo estas fontes, o motorista chegou a fazer uma cirurgia de emergência ainda na sexta-feira (8).

Familiares e amigos estão se unindo em uma “vaquinha” para arcar com os custos do velório e sepultamento.

A vítima deixa a esposa e três filhos, de 18, 12 e 3 anos, respectivamente. O motorista era responsável pelo sustento da casa.

O crime

Conforme as informações preliminares do caso, Gritzbach havia acabado de chegar de viagem com a namorada no aeroporto e seria recebido pelo filho e um grupo de quatro seguranças, composto por PMs que faziam a proteção do empresário.

No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado falha mecânica. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo. Assim, somente um estava no aeroporto na hora do atentado.

Uma das linhas de investigação, que ainda está em fase preliminar, busca entender se os agentes não teriam deixado o policial exposto no aeroporto intencionalmente. Os celulares dos quatro integrantes da escolta e da namorada de Gritzbach foram apreendidos pelo DHPP, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública.

Os policiais militares que pertenciam à equipe de segurança da vítima já prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM.

Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações e ficarão em expediente administrativo a pedido da Corregedoria. A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das Polícias Civil e Militar apuram a atuação dos agentes.

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