“No meu entender, nada foi iniciado. Não podemos começar agora a querer punir o crime de opinião, ou o crime de pensamento”, avaliou Bolsonaro.
Na terça-feira (19/11) a Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF), prendeu quatro militares e um agente da corporação por suspeita de planejar a execução de Lula, Alexandre de Moraes e do vice-presidente, Geraldo Alckmin
Um dos presos é o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro e trabalhou como assessor de gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde.
Indiciamento
A Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Segundo as investigações, eles são suspeitos de envolvimento em um plano golpista que tinha como objetivo a manutenção do ex-presidente no poder mesmo após a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro saiu de Alagoas, capital de Maceió, com destino a Brasília na tarde desta segunda. Durante a passagem pelo Nordeste, o ex-presidente se encontrou com Gilson Machado, ex-ministro do Turismo.
PL da Anistia
O indiciamento de Bolsonaro teve consequências também no Congresso Nacional. Os últimos acontecimentos, por exemplo, impactam na tramitação do Projeto de Lei (PL) que concede anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A proposta já tinha sido considerada prejudicada depois que Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, ateou explosivos contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e, momentos antes, o carro dele ter explodido no estacionamento do Anexo IV da Câmara.