A diretora de assuntos corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, disse nesta sexta-feira, 15, que a companhia vai finalmente construir uma nova base de despetrolização de fauna (para atendimento de acidentes ambientais) no Oiapoque, no Amapá, para satisfazer os pedidos do Ibama com relação à licença ambiental para perfurar na Bacia da Foz do Amazonas, dentro da Margem Equatorial. A Petrobras tenta há mais de um ano e meio reverter a negativa da autarquia ambiental para perfurar na região.
Segundo Coppetti, a nova base e os recursos para sua operação terão um custo total de R$ 150 milhões para a Petrobras. Isso envolve a parte civil da obra e a disposição de 12 meios, entre embarcações e aeronaves que podem auxiliar no resgate de animais em caso de vazamentos.
Em observação às exigências do Ibama, a Petrobras já havia construído uma base desse tipo em Belém. Recentemente, o órgão avaliou que a distância do local para as operações pretendidas no oceano era muito grande, impondo uma nova unidade mais próxima do Amapá, no chifre do mapa do Estado e próximo à fronteira com a Guiana Francesa.
“Pretendemos estar com a base construída até o fim de fevereiro de 2025. Queremos aprovar o projeto conceitual com o Ibama agora por meio dessas respostas que a gente está dando aos questionamentos e até fevereiro ter a base toda pronta. Estamos trabalhando nisso há muito tempo”, disse Coppetti.
“O custo da base física, os profissionais, as embarcações e aeronaves, todo o nosso projeto, é de R$ 150 milhões”, continuou.
Esta semana, no BNDES, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a Petrobras responderia aos questionamentos do Ibama após o dia 15, esta sexta-feira. Questionada, Coppetti esclareceu que isso vai acontecer, com certeza, até o fim deste mês de novembro.
A diretora detalhou que os técnicos da companhia têm feito reuniões com esse propósito nos últimos dias. “Ninguém descansa na Petrobras”, disse a executiva. E esclareceu que os 14 pontos de questionamento da autarquia ambiental dizem respeito somente às instalações de resgate de fauna. Outro ponto polêmico, o aumento do fluxo de aeronaves para apoio às operações no aeroporto de Oiapoque e sobre áreas indígenas, não seria mais um problema.