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PIB do Acre cresceu mais que a média nacional em um ano, diz levantamento do IBGE

Por Tião Maia, ContilNet

Números divulgados nesta quinta-feira (14), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), revelam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Acre cresceu 6% em 2022 – última aferição – e que a agropecuária aumentou a participação na economia estadual. O PIB é a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, sejam países, estados ou cidades, durante um período determinado.

O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de quantificar a atividade econômica de uma região. Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo de intermediário. Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla contagem, quando valores gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.

Imagem ilustrativa

Neste sentido, em o PIB acreano alcançou R$ 23,6 bilhões, registrando um crescimento de 6,0% em relação ao ano anterior. O avanço representou o quinto maior crescimento real do PIB entre os estados brasileiros, sendo duas vezes o crescimento do Brasil (3%) e três vezes o da Região Norte (2%). No PIB per capita, o estado saiu de R$ 23.569 em 2021 para R$ 28.525 em 2022. O Acre está atrás apenas – na ordem – de Tocantins, Roraima e bem à frente de estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e demais estados.

Entre os três principais grupos de atividades econômicas, a agropecuária foi o setor que apresentou o maior crescimento, com uma expansão de 12,7%. A contribuição desse setor no valor adicionado bruto do Estado foi de 21,7%, um aumento de 2,9 pontos percentuais em comparação ao ano anterior. O resultado reflete o crescimento do agronegócio no Estado, produção de grãos para a exportação.

Os demais setores também registraram crescimento em volume, embora tenham perdido participação relativa no PIB do Estado, devido ao forte avanço da agropecuária. A indústria, por exemplo, apresentou crescimento de 10,1% em termos de volume, mas sua participação no valor adicionado caiu de 7,1% em 2021 para 6,3% em 2022. O crescimento da indústria foi impulsionado sobretudo, pela atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, que registrou variação em volume de 18,7%, seguido pela indústria extrativa, com aumento de 17,6%.

O setor de serviços, que é o maior da economia acreana, representou 72,0% do valor adicionado bruto em 2022. Embora sua participação tenha diminuído dois pontos percentuais em relação ao ano anterior, o setor registrou um crescimento de 3,4% em volume. O principal segmento desse setor é a administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, com uma participação de 35,9%, seguido pelo comércio (11,1%) e atividades imobiliárias (9,9%).

O secretário de Estado de Planejamento, Ricardo Brandão, ao falar sobre o crescimento, destacou que “o setor produtivo vem mantendo o crescimento em volume e ampliando sua participação na economia acreana, principalmente na produção de grãos para exportação, que anualmente bate recordes em produtos como a soja”.

Ricardo Brandão/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Se de um lado, o setor produtivo acreano tem se esforçado para aplicar tecnologia avançada, eficiência operacional e investimentos financeiros, o setor público busca com afinco oferecer o melhor suporte regulatório, infraestrutura e políticas de incentivo, informou o secretário. “Essa sinergia tem resultado em uma produção agrícola mais eficiente e competitiva, contribuindo para a geração de empregos e crescimento econômico, além da melhora significativa da qualidade de vida da população”, acrescentou Brandão.

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