A coluna recebeu a informação nesta semana de que o senador Alan Rick estaria negociando, em Brasília, para tomar o comando do MDB no Acre após o falecimento do ex-governador Flaviano Melo.
Procurado pelo ContilNet, ele além de negar as especulações, repudiou o boato. Segundo o senador, não há nenhuma possibilidade disso acontecer, apesar de respeitar imensamente a história do MDB no estado.
“Não tem o menor cabimento isso. Não há nenhuma intenção minha. Quem passou uma informação dessa é de uma maldade grande. Eu tenho uma ótima relação com a Jessica, tinha com o Flaviano, mas jamais me arvoraria a entrar em uma disputa dessa, até porque o MDB é um partido que tem Diretório eleito”, disse.
“Não existe nenhuma mobilização minha nesse sentido. É até uma falta de respeito com a memória do Flaviano alguém está falando disso em um momento como esse. Quem deve conduzir isso é o partido. São as instâncias partidárias e isso é uma escolha interna”, completou.
‘Uma unidade no Acre’
Contudo, Alan – que atualmente está no União Brasil – deixou claro que tem o desejo de fazer uma aliança com o MDB mirando as eleições de 2026. Ele é um dos nomes prováveis na disputa pelo Governo.
“Nós precisamos ter uma unidade no Acre de projeto para o nosso estado. Isso passa por respeitar as lideranças partidárias. Todos nós que temos o sonho de trabalhar pelo o Acre queremos o MDB próximo”, disse.
Bem próximos
Alan voltou a falar da amizade próxima e do respeito por membros do MDB, entre elas, a ex-deputada Jéssica Sales, que perdeu as eleições em Cruzeiro do Sul por menos de 200 votos. As especulações apontam que ela poderá ser crucial para trazer o MDB ao palanque de Alan em 2026.
Principalmente agora, em que o pai dela, o ex-prefeito Vagner Sales, foi oficializado como presidente estadual do partido até 2025, época em que as alianças partidárias serão firmadas.
Outro aliado
A candidatura de Alan ao Governo ainda pode ter o Republicanos, partido presidido pelo deputado federal Roberto Duarte.
Na última semana ele já havia declarado apoio ao senador e disse que iria tentar trazer o MDB para a aliança. “Já conversei com os dirigentes do MDB e acho que o Alan, também, terá a mesma conversa”, disse na época.
Maior incógnita
Em todo esse imbróglio, os principais olhos estão voltados para o deputado estadual Tanizio Sá, uma das maiores lideranças do MDB.
Se o partido realmente compor aliança com Alan Rick, ele deverá contrariar o governador Gladson Cameli e a vice-governadora Mailza Assis, possível candidata pelo Progressistas.
Tanizio é um dos deputados da base do Governo e vinha travando uma batalha interna com Vagner Sales pela presidência do MDB. Os dois se acertaram nesta semana. Contudo, vão precisar se alinhar mais uma vez em 2025, quando o partido deverá escolher uma coligação para apoiar. Veremos!