O acreano Paulo Emílio Dantas Nazaré, procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), disse, nesta terça-feira (12), que irá solicitar a interdição da Arena MRV, em Belo Horizonte (MG).
As causas foram os atos de vandalismo protagonizados pela torcida do Atlético-MG no último domingo (1), na decisão da Copa do Brasil, em que o Flamengo venceu o time mineiro por 1 a 0 e garantiu o campeonato.
A final da Copa do Brasil entre Atlético-MG e Flamengo foi da previsão de uma grande festa na Arena MRV às cenas de selvageria após o gol do equatoriano Gonzalo Plata, que decretou o pentacampeonato rubro-negro.
Atleticanos atiraram objetos ao campo, bombas e tentaram invadir o gramado do estádio – tudo relatado pelo árbitro da partida, Raphael Claus.
A revolta na perda do título para um dos maiores rivais do Galo pode acarretar em graves sanções ao clube. Isso porque, pelos trágicos acontecimentos, o time mineiro pode se enquadrar nos artigos 211 e 213 do Código de Justiça Desportiva, disse o procurador do STJD.
No primeiro artigo por “deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização”, a punição pode ser de interdição do estádio e multa de 100 a 100 mil reais.
Já no artigo 213, por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto; invasão do campo e lançamento de objetos ao campo”, o clube pode receber multa de até 100 mil reais, interdição do estádio e perda de 10 mandos de campo, que podem ser cumpridos no Campeonato Brasileiro.
O procurador vai denunciar o Atlético-MG pelo incidente e pedir a interdição do estádio até que ocorra o julgamento do caso.
Outro fato infeliz que marcou o jogo foi o grave ferimento do fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos. O profissional foi atingido por um artefato explosivo e teve fratura exposta no pé, com a quebra de três dedos, rompimento de tendões e um rasgo no pé, que deverão ser corrigidos por uma cirurgia.