A Associação Acreana de Cinema (Asacine) realizou mais uma etapa do projeto “Cinema Acreano nos Bairros e Ramais de Rio Branco” na escola Mauricila Santana e no Centro de Ensino Especial Dom Bosco. O projeto realizado pela Asacine é financiado pela Lei Paulo Gustavo através do Edital da Fundação Garibaldi Brasil (FGB) e Prefeitura Municipal de Rio Branco.
O projeto tem como objetivo levar a linguagem cinematográfica como instrumento transversal para trabalhar em sala de aula, propondo um novo modelo de ensino para auxiliar os gestores e professores no processo ensino-aprendizagem. Além desta proposta inovadora, a entidade também oferece para os alunos da rede pública de ensino oficinas e palestras sobre conhecimentos básicos de cinema.
A produtora cultural Kelen Gleysse, que participa do projeto com a animação Aedes aegypti a Mosquito da Floresta, disse que o projeto é importante porque oferece as nossas produções audiovisuais acrianas aos locais de difícil acesso e alcança diversas comunidades.
“O projeto Cinema Acreano nos Bairros e Ramais de Rio Branco, idealizado pela Associação Acreana de Cinema, é fundamental na promoção da arte e da identidade cultural, alcançando diversas comunidades. Como uma das autoras e produtoras, sinto-me gratificada ao ver o brilho nos rostos das crianças diante do desenho animado ‘Aegypti, o Mosquito da Floresta’. Este curta, inspirado na minha obra literária e produzido pelo artista Enilson Amorim, é atemporal e relevante enquanto houver crianças e a ameaça da dengue. No atual período de chuvas, é o momento ideal para que as crianças se envolvam na luta contra a proliferação do Aedes aegypti, tornando-se parceiras na conscientização sobre a dengue. Minha gratidão vai ao presidente da Asacine, Enilson Amorim, e à equipe dedicada que tem tornado esse projeto possível, incluindo diferentes vozes e oferecendo acesso ao cinema para as comunidades de Rio Branco”, comentou a produtora.
Para o cineasta Adalberto Queiroz, um dos principais produtores do projeto, as obras cinematográficas exibidas nestas escolas através deste projeto auxiliam os professores na prática docente, principalmente nos mais variados assuntos das ciências aplicadas no ambiente escolar.
“Este é um projeto de grande importância para a educação de crianças e adultos, dado à diversidade e a força temática das obras exibidas para dar oportunidade de acesso a conteúdo inspiradores que impactam, sobremaneira, no processo de ensino-aprendizagem e sugerem atitudes cotidianas para que todos tenham a oportunidade de algo que contribua na construção do seu processo de consciência para uma vida pessoal e social de melhor qualidade do ponto de vista da saúde expressa tanto no vídeo animação Aegipty – A Mosquita da Floresta, da professora Kelen Gleysse como na psicologia, uma viagem ao mundo da poesia que, de forma ilustrada e narrativa, aborda as empatias e antipatias nos procedimentos sociais sugerindo a busca do equilíbrio para superar as contradições humanas, expressas na obra “Sentença” da produtora Laiza Dantas”, comenta o cineasta.
Para o atual presidente da Asacine, o cineasta e historiador Enilson Amorim, o projeto “Cinema Acreano nos Bairros e Ramais de Rio Branco” propõe levar para as escolas uma alternativa inovadora no processo ensino-aprendizagem.
“A transversalidade proposta no projeto é algo inovador porque deixa os nossos estudantes livres para compreender o mundo à sua volta sem a interferência de nenhum personagem do espaço escolar, oferecendo uma nova visão de mundo aos discentes que somente a arte cinematográfica pode lhe oferecer.” A exemplo do documentário “Atravessando Oceanos” da produtora Helen Veiga, que estimula o encorajamento, planejamento, ousadia e principalmente o foco na busca pela realização dos sonhos da mulher moderna. Já o “Folclore na Escola” da produtora Nonata Souza traz em seu roteiro a coragem e determinação de uma professora moradora da zona rural, buscando métodos de ensino através da valorização e manutenção de nosso folclore local. Isso é utilizar o conhecimento já sistematizado somado ao conhecimento empírico visando ter uma educação de melhor qualidade. E o principal instrumento que o professor deve utilizar com certeza são as manifestações artísticas”, finalizou o presidente
As escolas contempladas com o projeto foram: Mauricila Santana, Dom Bosco, Duque de Caxias, escola Professora Teresinha Migueis, Mário Lobão, Aguinaldo Moreno, Escola Mestre Irineu Serra, Escola Luiz de Lima Cadaxo, Escola Irene Dantas do Nascimento, Escola João Mariano da Silva, Henrique Lima, João Paulo I, Escola Monte Castelo, Escola Professor Marcio Bestene e o Lar Vicentinos.