A realização do Concurso Nacional Unificado (CNU), popularmente conhecido como “Enem dos Concursos”, foi cheia de percalços. Houve adiamento, grande volume de ações na Justiça e confusão envolvendo a eliminação de um grupo de candidatos.
Nesta quarta-feira (20/11), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que a divulgação dos resultados finais do CNU, prevista pelo edital para a quinta-feira (21/11) não vai acontecer.
O adiamento da realização da prova foi medida que causou mais transtornos aos candidatos foi o adiamento das provas por causa das enchentes no Rio Grande do Sul.
As provas estavam marcadas para o dia 5 de maio, mas, inicialmente houve o adiamento sem data. No fim de julho, o governo divulgou a realização do certame no dia 18 de agosto de 2024 em 228 localidades.
O governo federal relutou por dias, mas acabou cedendo próximo ao dia da prova. Um dos argumentos que levaram a administração federal a resistir à mudança na época foi o custo, estimado em maio deste ano em R$ 50 milhões.
Do total de 2,1 milhões de inscritos, 80.348 inscrições são do Rio Grande do Sul. Com o adiamento, houve quem tivesse vindo de outro país para participar do certame e foi prejudicado com o adiamento.
Outra questão controversa do concurso foi a eliminação de candidatos que não preencheram a bolinha do cartão de respostas que identificava o tipo de gabarito. Após a supressão, houve questionamentos judiciais e a Justiça Federal determinou, no início deste mês, a reintegração de milhares de candidatos.
Os gabaritos e resultados do bloco 4 do certame chegaram a ter a divulgação suspensa. No entanto, a liminar foi suspensa pela Justiça em 8 de outubro deste ano.