O preço dos produtos comprados em sites internacionais (como Shein e AliExpress) deve aumentar para o consumidor. Isso vai acontecer porque secretárias e secretários de Fazenda dos 26 estados e do Distrito Federal concordaram, por ampla maioria, em subir a alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 20%.
A mudança passa a valer a partir de abril de 2025 por conta princípios tributários da anterioridade e da noventena.
Nos casos em que a alíquota modal seja inferior a 20%, a implementação dependerá de aprovação pelas respectivas Assembleias Legislativas estaduais, foi o que decidiu o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do DF (Comsefaz), durante a 47ª Reunião Ordinária do grupo, realizada em Foz do Iguaçu (PR).
O Comsefaz chegou a afirmar que a nova alíquota busca alinhar o tratamento tributário aplicado às importações ao praticado para os bens comercializados no mercado interno.
“A crescente utilização de plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço, principalmente para a aquisição de itens como vestuário, eletrônicos, acessórios e artigos de uso pessoal, impõe a necessidade de ajustes periódicos que protejam a competitividade do comércio interno e da indústria nacional”, diz o manifesto.
“Essa mudança reforça o compromisso dos estados com o desenvolvimento da indústria e do comércio nacional, promovendo uma tributação mais justa e contribuindo para a proteção do mercado interno frente aos desafios de um cenário globalizado”, afirma a decisão.
Situação do Acre
Consultado pela reportagem do ContilNet, o secretário de Fazenda do Acre, Amarísio Freitas, confirmou a mudança.
“O Comsefaz e Confaz congrega as 27 unidades da federação. Portanto, a regra é para todo. O imposto que antes era de 17% passara para 20%. Tinha estados que já praticavam 23%, como Maranhão. O Acre estava seguindo a única alíquota aprovada no Confaz, que era 17%”, destacou.