Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Tatu”, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, apelidado de “Martelo”, de 35 anos, foram transferidos para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Antes disso, eles estavam na unidade de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A transferência, realizada no dia 15 de outubro de 2024, foi confirmada pelo advogado Mário Aquino, que representava a dupla enquanto estavam em Mossoró. Segundo ele, não foi notificado previamente sobre a mudança de presídio. O transporte dos presos aconteceu pelo Aeroporto de Aracati, no Ceará, utilizando uma aeronave Embraer 175 da Polícia Federal.
Tatu e Martelo ganharam notoriedade nacional após escaparem da Penitenciária Federal de Mossoró, em uma operação surpreendente, na madrugada de 14 de fevereiro de 2024. Depois de 51 dias foragidos, eles foram capturados no Pará, já armados e cercados por aliados. A fuga mobilizou uma ampla força-tarefa, que contou com helicópteros, drones, cães farejadores e mais de 400 agentes.
Naturais do Acre, os dois possuem extensas fichas criminais. Martelo responde a mais de 50 processos por crimes como homicídio, tráfico de drogas e assalto, acumulando uma pena de 81 anos de prisão. Já Tatu, com 30 processos relacionados a organização criminosa, tráfico e assassinatos, está condenado a 74 anos.
Os dois haviam sido transferidos para Mossoró em 2023, após liderarem uma rebelião violenta no sistema prisional acreano. Mesmo em celas separadas, conseguiram barras de ferro e outros materiais para abrir buracos, cortar cercas e executar a ousada fuga. A transferência recente para Catanduvas foi uma medida de segurança para impedir novos incidentes.