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Após absolvição de PMs, pais de menina morta pedem justiça: “Seis anos sem passar Natal com a minha filha”

Por Redação ContilNet

Os cinco policiais militares acusados de matar Maria Cauane e outras duas pessoas em 2018, durante uma ação no bairro Preventório, em Rio Branco, foram absolvidos pelo júri popular. O julgamento ocorreu na 1ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco e durou cinco dias, com desfecho na noite do último domingo (8).

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Os familiares da garota de 11 anos deixou camisas com imagens da menina como protesto/Foto: Vitória Guimarães/Rede Amazônica

José Carlos, pai de Maria Cauane, relatou o impacto da morte da filha. “Eu tô seis anos sem passar o Natal com a minha filha”, afirmou. Ele também se queixou da decisão que absolveu os acusados.

Pais de Maria Cauane, de 11 anos, morta em operação policial no Acre, lamentam decisão do júri — Foto: Aldo França/Rede Amazônica

Como forma de protesto, os familiares colocaram no chão camisas com a imagem de Cauane e questionaram a validade da sentença. A sogra de Gleiton Silva Borges, outra vítima, também se manifestou. “Esperávamos que a justiça fosse feita, mas quem venceu foram esses militares”, disse ela, que cuida da neta, filha de Gleiton.

O Ministério Público do Acre (MP-AC) anunciou que irá recorrer da decisão. Walisson dos Reis Pereira, advogado da família de Maria Cauane, afirmou que solicitará a anulação do júri, argumentando que a absolvição foi genérica e contrária às provas do processo. Segundo ele, a decisão não está amparada nas evidências apresentadas.

Cauane tinha apenas 11 anos na época/Foto: Reprodução

Os acusados foram ouvidos no último sábado (7). Durante o interrogatório, responderam apenas às perguntas feitas pela defesa, pelo juiz e pelos jurados, seguindo orientação de não responder ao Ministério Público.

O caso segue repercutindo, e os desdobramentos jurídicos estão sendo acompanhados pelas famílias das vítimas.

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