Buenos Aires, Monumental de Núñez. Um palco que testemunhou uma das mais marcantes conquistas do futebol sul-americano: o Botafogo é campeão da Copa Libertadores da América pela primeira vez. Uma noite que começou dramática e terminou com o glorioso momento de Artur Jorge, o comandante da equipe carioca, se jogando ao chão, rendido às emoções que transbordavam de todos os lados.
Foi um ato que simbolizou não apenas a superação da equipe, mas também o sonho que se tornou realidade para milhões de torcedores.
O jogo de superação: 10 contra 11 desde o início
O Botafogo entrou em campo sob forte pressão, mas nem o mais pessimista dos alvinegros poderia imaginar um início tão adverso. Com apenas 29 segundos, Gregore foi expulso após uma entrada forte em Fausto Vera. Era a expulsão mais rápida da história das finais da Libertadores. O cenário, que prometia ser de festa, ganhou tons dramáticos.
Porém, a equipe não se abalou. Sob o comando tático impecável de Artur Jorge, o Glorioso se reorganizou. Marlon Freitas recuou para proteger a defesa, e Luiz Henrique, herdeiro da lendária camisa 7, mostrou por que foi o destaque da competição. Aos 34 minutos, ele abriu o placar em um lance de oportunismo, após um desvio na área. Pouco depois, sofreu o pênalti que Alex Telles converteu, ampliando a vantagem para 2 a 0.
O Atlético-MG, por sua vez, tentou reagir no segundo tempo. Vargas descontou logo no primeiro minuto, e a pressão mineira cresceu, mas a defesa botafoguense resistiu bravamente. No último lance, Júnior Santos garantiu o 3 a 1, selando o destino da taça.
Artur Jorge: a queda que simbolizou a redenção
Ao apito final, as câmeras registraram uma cena que já entrou para a história do futebol. Artur Jorge, conhecido pela calma e pela tática refinada, deixou de lado o protocolo. Ele se jogou no gramado, rolou e, deitado, parecia absorver a magnitude do momento.
Para os torcedores, a imagem foi o retrato perfeito da emoção de toda uma nação alvinegra. “Esse é o Botafogo que aprendi a amar: lutador, resiliente e glorioso”, escreveu um torcedor nas redes sociais.
Um legado eterno
A conquista da Libertadores pelo Botafogo transcende o futebol. Representa a força de uma equipe que enfrentou adversidades desde o início, mas nunca deixou de acreditar. O trabalho de Artur Jorge não foi apenas o de montar um time competitivo, mas de construir uma mentalidade vencedora.
A taça agora exibe a estrela solitária em sua base, e os torcedores podem gritar, orgulhosos, que o Glorioso é também o dono da América.
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